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Marcelo deixa alertas sobre despovoamento, justiça e gestão de contas públicas

Presidente da República usou carta centenária para destacar que muitos dos problemas persistem em Portugal apesar do avançar dos anos.

Marcelo deixa alertas sobre despovoamento, justiça e gestão de contas públicas
Marcelo deixa alertas sobre despovoamento, justiça e gestão de contas públicas André Kosters / Lusa
14:47

O Presidente da República deixou esta  terça-feira, no seu discurso sobre o 25 de Novembro de 1975, alertas sobre o despovoamento e a imigração, a justiça e a prudência na gestão das contas públicas.

Numa sessão evocativa do 25 de Novembro de 1975 na Assembleia da República, no 50.º aniversário desta data, Marcelo Rebelo de Sousa citou a Carta de Bruges escrita pelo infante D. Pedro há cerca de 600 anos, e defendeu que muitos dos problemas de então se mantêm.

O chefe de Estado referiu que nessa carta o infante apontou virtudes em falta no reino, uma das quais "a justiça", outra "a prudência, sobretudo a prudência financeira", considerada "muito escassa", e outra "a fortaleza, ligada ao despovoamento da terra – diríamos hoje a demografia, e nela, a imigração".

"E também a urgência da repartição dos vassalos, dizia-se na altura, pelas comarcas, em vez da concentração na costa – ou seja, a reforma da administração pública e a sua descentralização", acrescentou.

"Isto é, D. Pedro, que correu a Europa do Sul, a Europa do Centro a Europa do Norte e mesmo de Leste, já falava do despovoamento, da imigração, da reforma da administração, da necessidade de descentralização, da lentidão da justiça, do gasto das finanças públicas e privadas", assinalou o Presidente da República.

À interrogação "o que tem esta carta tão antiga a ver com o 25 de Novembro", Marcelo Rebelo de Sousa respondeu que "é fácil de entender" a sua relação "com o Portugal de há 50 anos ou de hoje".

"Muitos dos problemas de então são ainda os de há meio século ou de hoje", defendeu o chefe de Estado.

No seu discurso, que durou cerca de quinze minutos, o Presidente da República não desenvolveu mais estes temas, e destacou a ideia de "temperança como virtude nacional", também a partir da carta do infante D. Pedro, que associou ao 25 de Novembro.

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