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Miranda Sarmento contra aumento da presença da banca espanhola em Portugal

Em resposta ao potencial interesse do espanhol CaixaBank na compra do Novo Banco, o ministro das Finanças disse não ser desejável que haja uma excessiva concentração do mercado em bancos de apenas um país.

21 de Maio de 2025 às 23:39

O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, manifestou-se contra o aumento da presença da banca espanhola em Portugal, pronunciando-se em entrevista à RTP 3 sobre o alegado interesse do espanhol CaixaBank na aquisição do banco português.

O ministro lembra que a banca espanhola já representa pouco mais de um terço do mercado bancário português, pelo que, "por uma questão de concentração e dependência, esse valor não deveria subir".

Miranda Sarmento justifica a posição com questões concorrenciais. "Sempre que há uma concentração excessiva de um determinado segmento temos problemas de concorrência".

Contudo, o responsável lembra que a decisão sobre o Novo Banco será tomada pelos norte-americanos da Lone Star, que detêm 75% da instituição, enquanto o Estado detém, direta ou indiretamente, os restantes 25%.

"As soluções serão sempre de mercado", garante. "Se a Lone Star decidir vender, colocará o banco no mercado e os potenciais compradores apresentarão ofertas", lembrando que o banco poderá também optar pela entrada em bolsa através de uma oferta pública inicial (IPO).

Ainda assim, deixa a ressalva de que, "sem pôr em causa as regras do mercado, é do interesse do país que não haja excessiva dependência ou concentração de bancos de um só país". "Era bom que a presença da banca espanhola não aumentasse", resume, embora não tenha "nada contra" a mesma.    

Na quarta-feira, foi noticiado pelo jornal espanhol El Confidencial que o CaixaBank, que já controla o BPI em Portugal, contratou a Deloitte como assessora financeira para avaliar a compra do Novo Banco. A Bloomberg também já tinha noticiado o interesse do grupo espanhol no banco português.  

Sobre a eventual participação do banco público na operação, Miranda Sarmento refere que a Caixa Geral de Depósitos atua no mercado como qualquer outro banco, pelo que se decidir apresentar uma proposta, individualmente ou em conjunto, terá de a submeter ao acionista único, neste caso o Estado.

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