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Montenegro encerra congresso do PSD com intervenção virada para o país

O presidente do PSD apresentou uma lista totalmente paritária à Comissão Política Nacional. A grande novidade foi Leonor Beleza.

Luís Montenegro no 42.º Congresso do PSD em Braga em outubro de 2024
Luís Montenegro no 42.º Congresso do PSD em Braga em outubro de 2024 Hugo Delgado/Lusa
20 de Outubro de 2024 às 09:37

O presidente do PSD, Luís Montenegro, encerra este domingo, 20 de outubro, o 42.º Congresso do partido com um discurso virado "para o país e para o futuro", depois de no sábado ter feito uma intervenção centrada na demarcação do PS.

A eleição dos órgãos nacionais decorre entre as 9:00 e as 11:00, numa votação na qual não participará Montenegro, que não está inscrito como delegado ao Congresso.

O presidente do PSD apresentou uma lista totalmente paritária à Comissão Política Nacional (CPN), tendo mantido apenas uma das atuais seis vice-presidentes, Inês Palma Ramalho, e anunciado como surpresa a antiga ministra da Saúde de Cavaco Silva, Leonor Beleza.

As restantes vice-presidências serão ocupadas pelo antigo eurodeputado Carlos Coelho, pelo ex-líder da JSD Alexandre Poço, o antigo líder da distrital de Leiria Rui Rocha e Lucinda Dâmaso, presidente da UGT.

Da Comissão Permanente, núcleo duro da direção, saem todos os ministros: Paulo Rangel, Miguel Pinto Luz, Margarida Balseiro Lopes e António Leitão Amaro, que passam a vogais da CPN, onde também passam a ter assento os ministros Joaquim Miranda Sarmento e Pedro Reis.

"Como se percebe, é a minha decisão não ter membros do Governo na Comissão Permanente. Creio que não há vantagem em duplicar o núcleo político do Governo no núcleo político do partido", justificou.

Hugo Soares mantém-se como secretário-geral do PSD, Carlos Moedas como "número um" da lista da direção ao Conselho Nacional (órgão a que concorrem outras três listas) e a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, encabeça a lista de Montenegro ao Conselho Nacional de Jurisdição (ao chamado tribunal do partido há uma lista alternativa).

O presidente do PSD reconduziu igualmente o líder do PSD-Madeira, Miguel Albuquerque (arguido num processo que envolve suspeitas de corrupção), como presidente da Mesa do Congresso, e o líder do PSD-Açores, José Manuel Bolieiro, como "vice", num dia em que ambos manifestaram divergências quanto à atual versão do Orçamento do Governo PSD/CDS-PP, exigindo mudanças na especialidade.

À sessão de encerramento, prevista para as 13:00, vai assistir o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, segunda figura da hierarquia do Estado Português e antigo ministro da Justiça e da Defesa de executivos sociais-democratas.

Todos os partidos com assento parlamentar vão estar no encerramento do 42.º Congresso do PSD, com exceção do Bloco de Esquerda, e o CDS-PP - parceiro de coligação do PSD no Governo - a ser o único representado pelo líder, Nuno Melo.

A delegação do PS será encabeçada pela líder parlamentar Alexandra Leitão, a do Chega pelo deputado e presidente da distrital de Braga Filipe Melo, e a da IL pela eurodeputada e vice-presidente do partido, Ana Martins.

Do PCP, estará presente o membro da Comissão Política Belmiro Magalhães e, pelo Livre, marcarão presença os dirigentes do núcleo do Porto Hélder Sousa e Gisela Leal. Já o PAN far-se-á representar pelos membros da Comissão Política Nacional Sandra Pimenta e Hugo Alexandre Trindade.

O primeiro dia de trabalhos ficou marcado pela primeira intervenção de Luís Montenegro, centrada na demarcação face aos executivos socialistas, e em que não abordou as negociações para o Orçamento do Estado para 2025.

No Fórum Braga, discursaram no sábado vários ministros do XXIV Governo Constitucional e marcaram presença os antigos presidentes do PSD Marques Mendes e Pedro Santana Lopes, num dia em que Montenegro anunciou que Sebastião Bugalho, que encabeçou a lista da AD às últimas europeias como independente, se tornou militante social-democrata.

A moção de estratégia global de Luís Montenegro foi aprovada por unanimidade e todas as 12 propostas temáticas foram também aprovadas na reta final do primeiro dia de trabalhos.

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