PCP aceita reunião com PS sobre futura solução política mas ainda vai discutir data
Segundo fonte comunista, a solicitação para o encontro foi recebida na sede nacional da Soeiro Pereira Gomes e vai ser alvo de ponderação, não existindo ainda qualquer confirmação, nem sequer horário ou local da eventual reunião com os dirigentes socialistas.
Os dirigentes do PCP estão a analisar um pedido de reunião para a tarde de quarta-feira por parte da direção do PS sobre a futura solução política depois das eleições legislativas de domingo.
Segundo fonte comunista, a solicitação para o encontro foi recebida na sede nacional da Soeiro Pereira Gomes e vai ser alvo de ponderação, não existindo ainda qualquer confirmação, nem sequer horário ou local da eventual reunião com os dirigentes socialistas.
De acordo com aquilo que o Negócios apurou, não está em causa a participação do PCP na reunião pedida pelo PS, havendo dúvidas no seio dos comunistas quanto à melhor data e hora para esse encontro.
Os mais de 100 elementos do Comité Central do PCP, órgão dirigente alargado entre congressos, estão hoje reunidos todo o dia para analisar os resultados das eleições e definir o rumo do partido. O secretário-geral comunista, Jerónimo de Sousa, vai protagonizar quarta-feira, pelas 10:00, uma conferência de imprensa para divulgar as principais conclusões da reunião.
O PCP perdeu cinco deputados no sufrágio de domingo e recuou para o pior resultado de sempre em legislativas, ligeiramente a baixo do de 2002, embora mantendo-se como quarta força política, com 6,46% e 329.117 votos, juntamente com "Os Verdes" na Coligação Democrática Unitária (CDU).
Jerónimo de Sousa declarou na noite eleitoral que nada obsta à indigitação do socialista e primeiro-ministro, António Costa, como chefe de um novo Governo, mas esclareceu que "não haverá repetição da cena do papel", referindo-se à assinatura dos acordos bilaterais, há quatro anos, entre PS, BE, PCP e PEV, os quais viabilizaram o executivo minoritário socialista, a denominada "geringonça".
Também já na madrugada de segunda-feira, o secretário-geral do PS disse ser seu objetivo formar um Governo estável de legislatura, repetindo entendimentos políticos com o BE, PCP e PEV e alargando-os agora a forças como o PAN e o Livre.
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