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PS à frente do PSD mas indecisos podem baralhar resultado. Aquece luta pelo terceiro lugar

Bloco de Esquerda volta a terceira força política, à frente do Chega que regressa à quarta posição à frente da CDU. Perto de um terço dos eleitores ainda não decidiu o sentido de voto.

Lusa
Paulo Ribeiro Pinto paulopinto@negocios.pt 12 de Janeiro de 2022 às 19:00

O PS mantém-se à frente nas intenções de voto dos portugueses para as eleições legislativas antecipadas de 30 de janeiro, mas há uma fatia expressiva de indecisos que podem baralhar os resultados, de acordo com o Barómetro da Intercampus para o Negócios, CM e CMTV.

De acordo com os resultados da sondagem realizada entre os dias 4 e 10 de janeiro, tendo em conta o somatório de todos os inquiridos que deverão votar, o Partido Socialista recolhe 29% das intenções de voto, apenas a 4,9 pontos percentuais do PSD (24,1%).

A 18 dias da ida às urnas, aquece a luta pelo terceiro lugar, com o Bloco de Esquerda a recuperar o lugar de terceira força política (7%), à frente do Chega. O partido liderado por André Ventura recolhe 5,8% das intenções de voto, quase um ponto percentual acima da CDU (4,9%) que se posiciona à frente da Iniciativa Liberal (4,6%). O PAN consegue 3,5% das intenções de voto e o CDS-PP desce abaixo de 1%. O Livre recolhe 0,5% das intenções dos eleitores portugueses.

Indecisos são muitos e baralham contas

Os resultados do barómetro da Intercampus apontam, no entanto, para um dado que pode redefinir o desfecho a 30 de janeiro. Há "uma percentagem elevada de eleitores, de cerca de 30% que ainda não tomou uma verdadeira decisão a poucos dias da eleição, o que pode fomentar uma abstenção casual, mas elevada", refere a análise da Intercampus, sublinhando que "devemos reconhecer que as sondagens pré-eleitorais não captam aquela que será a decisão final destes eleitores."

Os dados sugerem ainda que os indecisos tendem mais a votar nos partidos da oposição do que do poder. Ou seja, se os indecisos forem votar, tenderão a beneficiar o PSD e não o PS. A abstenção surge assim como o "grande inimigo do PS", indicam o estudo de opinião, concluindo ser "pouco provável uma repetição do fenómeno Moedas/Medina em Lisboa", com a vitória da coligação liderada pelos sociais-democratas.

 

 

FICHA TÉCNICA

Objetivo: Sondagem realizada pela INTERCAMPUS para o Negócios, CM e CMTV, com o objetivo de conhecer a opinião dos portugueses sobre diversos temas da política nacional, incluindo a intenção de voto em eleições legislativas. Universo: População portuguesa, com 18 e mais anos de idade, eleitoralmente recenseada, residente em Portugal Continental. Amostra: A amostra é constituída por n=615 entrevistas, com distribuição proporcional por género, idade e região. Seleção da amostra: a seleção do lar fez se através da geração aleatória de números de telefone fixo móvel. No lar a seleção do respondente foi realizada através do método de quotas de género e idade (3 grupos). Foi elaborada uma matriz de quotas por região (género e idade, com base nos dados do Recenseamento Eleitoral da População Portuguesa da Direção-Geral da Administração Interna. Recolha da informação: A informação foi recolhida através de entrevista telefónica, em total privacidade, através do sistema CATI Computer Assisted Telephone Interviewing. O questionário foi elaborado pela INTERCAMPUS e posteriormente aprovado pela CMTV. A Intercampus conta com uma equipa de profissionais experimentados que conhecem e respeitam as normas de qualidade da empresa. Estiveram envolvidos 24 entrevistadores, devidamente treinados para o efeito, sob a supervisão dos técnicos responsáveis pelo estudo. Os trabalhos de campo decorreram entre 04 e 10 de janeiro de 2022. Margem de erro: o erro máximo de amostragem deste estudo, para um intervalo de confiança de 95%, é de mais ou menos 4%. Taxa de resposta: A taxa de resposta obtida neste estudo foi de 61,3%.

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