António José Seguro apresenta hoje candidatura a Presidente da República
O antigo secretário-geral do PS António José Seguro apresenta este domingo a sua candidatura a Presidente da República no Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha, considerando que o país "precisa de mudança e esperança".
"O nosso país precisa de mudança e esperança numa vida melhor. Conto consigo", lê-se no 'site' da candidatura.
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A apresentação vai decorrer no Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha, no distrito de Leiria, pelas 16:00.
O antigo líder socialista anunciou a entrada na corrida a Belém em 3 de junho, no dia em que o novo parlamento iniciou funções, através de um vídeo publicado pela TVI/CNN Portugal.
"O que nos falta hoje não é apenas estabilidade, é confiança. Confiança nas instituições, confiança de que quem está no poder serve e não se serve, confiança de que deixaremos aos nossos filhos mais do que aquilo que recebemos dos nossos pais", disse na altura.
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Dois dias depois de confirmar a candidatura, no seu último comentário no espaço na CNN, António José Seguro considerou que o PS tem "todo o tempo do mundo para decidir" o que fazer no que toca às eleições presidenciais, afirmando que tem muita gente com ele dentro e fora do partido.
"Eu sou um homem livre. Já o disse várias vezes. Não tenho amarras absolutamente nenhumas e considero que esta é uma eleição em que as pessoas expressam a sua convicção, as suas ideias, a sua visão do país. E, portanto, eu não tinha que esperar por ninguém. Eu tinha que ser eu próprio", explicou.
O antigo secretário-geral socialista afirmou também que o PS "decidirá da melhor maneira".
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"O Partido Socialista está numa situação que não é fácil, que é uma situação difícil. E, portanto, tem todo o tempo do mundo para decidir o que deve fazer nestas eleições presidenciais", acrescentou.
Até ao momento, Seguro foi a única personalidade da área socialista que já anunciou uma candidatura a chefe de Estado.
A moção do único candidato à liderança do PS, José Luís Carneiro, refere que o "órgão competente do PS - no caso, o Congresso Nacional ou, entre congressos, a Comissão Nacional - deve apreciar e pronunciar-se, no momento próprio, sobre as candidaturas ou intenções de candidaturas apresentadas pelas cidadãs e pelos cidadãos oriundos do espaço que o centro-esquerda representa e que se propõem ao escrutínio eleitoral".
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António José Martins Seguro nasceu em 11 de março de 1962 em Penamacor, distrito de Castelo Branco, é mestre em Ciência Política, pelo ISCTE-IUL, e licenciado em Relações Internacionais, pela Universidade Autónoma de Lisboa. É casado e tem dois filhos.
Depois de ocupar vários cargos públicos ao longo dos anos - membro do Governo, deputado ou eurodeputado, entre outros - Seguro afastou-se da vida política após a demissão de secretário-geral do PS, em setembro de 2014, na sequência da derrota das eleições primárias contra António Costa.
Remetendo-se à condição de "militante de base" depois de deixar a liderança do PS, que ocupou entre 2011 e 2014, o agora candidato presidencial dedicou-se às aulas na universidade e aos seus negócios, e manteve-se quase em silêncio sobre as questões políticas ao longo da última década, com raríssimas exceções.
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Depois de uma década afastado da vida política, o antigo secretário-geral do PS voltou ao ativo e apresenta-se às eleições presidenciais do próximo ano sem esperar pelo seu partido.
Além de António José Seguro, também o antigo líder do PSD Luís Marques Mendes, o ex-chefe do Estado-Maior da Armada, Henrique Gouveia e Melo, e Joana Amaral Dias já apresentaram as suas candidaturas às eleições presidenciais que serão disputadas em janeiro do próximo ano.
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