Candidato comunista a Belém acusa Marcelo de caucionar “o negócio da doença”

João Ferreira apontou dez falhas ao atual Presidente da República, acusando-o de "por em causa o Serviço Nacional de Saúde, caucionando o desvio de recursos públicos para alimentar o negócio da doença".
joao ferreira
Bruno Colaço
Negócios com Lusa 28 de Novembro de 2020 às 12:16

João Ferreira, candidato presidencial apoiado pelo PCP, apontou hoje dez falhas ao atual Presidente, Marcelo Rebelo de Sousa, e alertou que as eleições de janeiro vão influenciar a vida dos portugueses, "para o bem ou para o mal".  

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Num discurso ouvido em silêncio no segundo dia do XII congresso do PCP, em Loures, Lisboa, o eurodeputado comunista falou apenas do "mal" de Marcelo durante os últimos cinco anos, sem nunca mencionar o seu nome.

Há "valores de Abril" na Constituição que o atual Presidente ignorou e teve, acusou, "uma ação que contribuiu, direta ou indiretamente, para degradar as condições de vida dos trabalhadores.

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Esta foi a primeira falha, seguindo-se o que fez para "conter e nunca para promover a evolução dos salários, num país em que muitos empobrecem a trabalhar", para "por em causa o Serviço Nacional de Saúde, caucionando o desvio de recursos públicos para alimentar o negócio da doença".

Os outros falhanços, na leitura de Ferreira, foi tomar partido pelos "interesses dos grupos económicos e financeiros", lembrar-se apenas do "interior abandonado", mas "depois da catástrofe" dos incêndios e não valorizar "a Cultura e quem nela trabalha".

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Por fim, Marcelo Rebelo de Sousa, "num momento crítico", ajudou a "fragilizar direitos, liberdades e garantias, intrínsecos ao regime democrático, algo que a emergência sanitária não justifica".

Ao invés, um Presidente da República deve "mobilizar o povo português" na defesa da "valorização do trabalho e dos portugueses", no reforço dos serviços público e do SNS ou ainda no "aprofundamento da democracia e no fortalecimento das suas raízes na sociedade portuguesa".

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Estes são valores inscritos "nas páginas na Constituição" e não podem ser "letra morta como alguns querem", disse. 

Os problemas do país, afirmou ainda, "resolvem-se com a ação determinada" do povo.

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"Um povo que aclamou o Mestre de Avis, resgatou do domínio espanhol a independência nacional, derrubou uma monarquia decrépita e instaurou a República, combateu o fascismo e forjou esse tempo luminoso de Abril, saberá encontrar e percorrer os caminhos do desenvolvimento e do progresso, que concretizem as suas mais fundas aspirações", disse.

Aplaudido de pé no início e no final, João Ferreira disse ser necessário "abrir um horizinte de esperança na vida deste país" nestas eleições.

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"Seja pelo conteúdo concreto dos poderes do Presidente da República, seja pela dinâmica que estas eleições comportam e induzem, elas não deixarão de influenciar significativamente, para o bem ou para o mal, o curso da vida nacional", alertou o candidato presidencial do PCP.

 

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