Direção executiva do SNS obriga hospitais a cortarem despesa mesmo que abrandem atividade
A Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS) emitiu uma ordem para que os hospitais cortem na despesa de 2026, mesmo que isso conduza a um abrandamento no ritmo crescente de cirurgias, consultas e outros cuidados de saúde, avança o Público esta quarta-feira. A ordem prevê uma redução nos gastos com medicamentos, prestações de serviço e contratações de pessoal.
A instrução terá sido dada pela Direção Executiva do SNS, liderada por Álvaro Almeida, numa reunião com dirigentes das unidades locais de saúde (ULS) poucos dias antes de o Governo apresentar a proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano (OE2026). Tal como o Negócios noticiou, a proposta orçamental – que foi aprovada na generalidade nesta terça-feira – estima poupar cerca de 100 milhões de euros na área da Saúde em 2026 com exercícios de revisão de despesa, lançados inicialmente pela troika para cortar nas "gorduras" do Estado.
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A medida está a gerar preocupação e críticas, já que para acomodar o aumento da despesa com pessoal (5%) prevista para o próximo ano, terão de ser aplicados cortes nas aquisições e a produção adicional (como cirurgias fora do horário para aliviar as listas de espera) não poderá ultrapassar a de 2025. A Direção Executiva do SNS terá ainda informado as ULS de que terão de cortar 10% na rubrica de fornecimentos e serviços externos, em linha com o que está previsto no OE2026.
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