Governo criou a nova direção executiva do SNS. Marta Temido despediu-se
O Governo aprovou esta quinta-feira em Conselho de Ministros o diploma que cria e regulamenta a nova direção executiva do Serviço Nacional de Saúde, que terá a natureza jurídica de instituto público de regime especial dotado de autonomia. Isto significa que não será uma direção, mas "terá poderes para emitir orientações e diretrizes às entidades do SNS que estão na primeira linha na prestação de cuidados", explicou a ministra da Saude.
PUB
Marta Temido, que falava aos jornalistas no briefing que se seguiu à reunião semanal do Executivo, concretizou que o que se pretende com esta entidade é "responder de forma mais estruturada, formal e permanente àquilo que algumas task forces foram sendo ser encarregas de realizar". Salientando que "um diploma não é um interruptor" e que "a criação de uma direção executiva - para além da sua fase de instalação - e o seu início de funcionamento não vai resolver todos os problemas de organização do SNS de um dia para o outro", a ministra defendeu que "o que se pretende é ter uma entidade dedicada exclusivamente à governação de um dos aspetos do SNS que é a componente da prestação de cuidados. Tínhamos uma entidade responsável pelo financiamento, outra pelos sistemas de informação, mas não tivemos até agora a capacidade de ter uma entidade que agregasse a perspetiva de todos os prestadores e agregasse face a todos eles os interesses do utente e é isso que se pretende".
A ministra da Saúde que está de saída, mas a quem António Costa pediu que ficasse até completar este processo legislativo, já não terá intervenção na escolha do novo nome. "Esse é um novo momento, que só poderá acontecer depois da redação final do diploma e dos demais tempos políticos", disse Marta Temido.
PUB
Sem nunca admitir que este poderá ter sido o último Conselho de Ministros em que esteve presente, Marta Temido explicou que a designação da pessoa que irá presidir à nova direção executiva do SNS "será feita por resolução do Conselho de Ministros, sob proposta da área da Saúde e esse processo irá decorrer", sendo que terá de haver uma "apreciação por parte da CRESAP, portanto é úm processo subsequente".
A aprovação deste diploma estava prevista apenas para a próxima semana, mas, como explicou a ministra da Presidência, foi acelerada e o processo legislativo está agora próximo do final.
PUB
Marta Temido recusou voltar ao tema da sua demissão, mas deixou uma mensagem ao seu sucessor: "ao novo ministro da saúde desejo a maior sorte. Trabalhar num Governo é também trabalhar em equipa e portanto formamos equipa com quem veio antes de nós e com quem virá depois. Pela minha parte terei outras formas de servir o SNS, ao qual pertenço, e o meu Governo e o meu país".
Quanto à escolha do novo titular da pasta da saúde, "a decisão sobre o novo ministro é algo que cabe ao primeiro-ministro e carece de articulação com o Presidente da República. Escolher-se-á uma data e ela será pública", rematou Mariana Vieira da Silva.
PUB
Saber mais sobre...
Saber mais SNS Serviço Nacional de Saúde Marta Temido Governo Conselho de MinistrosAdam Smith aos 250 anos
Quem pediu o euro digital?
Mais lidas
O Negócios recomenda