“Não hesitaremos em lançar mão da requisição civil” dos privados
A ministra da Saúde considerou esta segunda-feira, 11 de janeiro, que a requisição civil "é uma hipótese", lembrando que "a utilização, preferencialmente por acordo, de capacidade instalada no setor privado e no setor social está prevista no decreto presidencial que enquadra este estado de emergência".
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"Não hesitaremos em lançar mão desse mecanismo quando não conseguirmos por acordo – e obviamente nunca dispensando a justa compensação nos termos da lei da requisição civil – ultrapassar as dificuldades. Acima de tudo, estamos cá para responder aos portugueses", resumiu Marta Temido.
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No final de uma visita ao polo de Lisboa do Hospital das Forças Armadas, que aumentou a capacidade de camas de internamento e de cuidados intensivos para doentes com covid-19 provenientes do SNS, a governante admitiu que na região de Lisboa e Vale do Tejo "tem sido difícil encontrar camas [alternativas] porque o setor social tem menos penetração nesta zona".
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Neste momento há 19 convenções celebradas na Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte para a aquisição de camas, num total de cerca de 150 não covid e outras tantas para casos covid. Já na região da capital, frisou a ministra, "essa capacidade é mais diminuída", com apenas cerca de uma centena de camas, e "muito pulverizadas por várias instituições".
"Isso torna a gestão dos processos dos doentes muito complexa e estamos a equacionar outras soluções, na medida em que nalguns casos o acordo não se configura possível e precisamos de garantir que todo o sistema de saúde está à disposição", acrescentou Marta Temido.
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No início de novembro, no decreto-lei que propôs a entrada em vigor de um novo estado de emergência no país, foi incluída a possibilidade de requisição civil de recursos da "iniciativa privada, social e cooperativa". Porém, Marcelo Rebelo de Sousa apelou ao entendimento entre o Governo e os privados antes de entrar por essa via, escrevendo que os recursos devem ser usados "preferencialmente por acordo" entre as partes envolvidas e "mediante justa compensação".
Ao lado do ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, a titular da pasta da Saúde assinalou ainda aos jornalistas que "só baixando os níveis de transmissão é possível ultrapassar esta situação" de pressão sobre os hospitais e de cansaço nos profissionais de saúde, fazendo questão de notar que "todos os países da UE estão a assistir a um aumento do número de casos, independentemente das medidas mais [ou menos] restritivas aplicadas" no Natal.
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