PSD quer ouvir ministra com urgência por causa da situação dos hospitais

A degradação da situação económico-financeira das unidades do SNS, noticiada esta terça-feira pelo Negócios, levou os deputados do PSD a requerer a presença de Marta Temido no Parlamento.
Marta Temido
Lusa
João D'Espiney 14 de Novembro de 2018 às 15:43

O grupo parlamentar do PSD quer ouvir a ministra da Saúde com urgência a propósito da "degradação da situação económico-financeira" dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

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No requerimento entregue ao presidente da comissão parlamentar de Saúde, na sequência da notícia do Negócios sobre as contas dos hospitais que pioram de forma dramática entre 2014 e 2017, três deputados social-democratas querem ainda saber as "medidas que o Governo pretende adoptar para contrariar esta preocupante situação".

"É inegável a deterioração da situação económico-financeira dos hospitais, com crescente reflexo nas condições de funcionamento dos serviços hospitalares e da própria qualidade dos cuidados de saúde prestados", começam por defender os deputados, frisando que "há muito que o PSD vem denunciando a progressiva deterioração do SNS ao nível da sua execução orçamental, quer no que se refere à evolução da dívida quer relativamente aos pagamentos em atraso dos hospitais EPE".

Adão Silva, Ricardo Baptista Leite e Luís Vales citam ainda as declarações do presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, Alexandre Lourenço, que ao Negócios afirmou mesmo que os hospitais EPE "encerraram o ano de 2017 com o seu pior resultado económico de sempre".

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Depois de lembrarem que o executivo pretende "agora, precisamente no último ano da legislatura, desenvolver um novo modelo de gestão hospitalar, reforçando a autonomia gestionária das administrações hospitalares", os deputados do PSD salientam que "importa aquilatar bem as consequências subjacentes à implementação do referido modelo".

Os social-democratas querem assegurar que o modelo anunciado não irá gerar "ineficiências indesejáveis nem acarretará qualquer forma de discriminação entre estabelecimentos hospitalares, suscetíveis de prejudicar, ainda mais, o acesso aos cuidados de saúde por parte dos cidadãos servidos pelas unidades de saúde que apresentem maiores fragilidades".

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