Urgências para grávidas em Lisboa reforçadas com 26 médicos

Jovens especialistas de obstetrícia, pediatria e anestesiologia vão assumir funções já a partir de julho em quatro hospitais lisboetas que ameaçavam fechar unidades de urgências para grávidas.
Lusa 25 de Junho de 2019 às 20:30

O atendimento urgente a grávidas em quatro hospitais lisboetas que estavam em risco de fechar durante as férias de verão vai ser reforçado com 26 médicos. Reforço pode mesmo chegar aos 49 profissionais, refere o presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo.

Já a partir de julho, cinco ginecologistas-obstetras vão assumir funções nas urgências do Hospital São Francisco Xavier, no Santa Maria, na Maternidade Alfredo da Costa e no Amadora-Sintra/Fernando da Fonseca. De acordo com o jornal Expresso, estes médicos já estavam a trabalhar nos hospitais no âmbito da especialização, passando, a partir de julho, a agir com total autonomia. 

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Estes quatro hospitais lisboetas vão ainda ser reforçados com 11 anestesistas e dez pediatras, adiantou o presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo. Luís Pisco explicou ainda que o reforço pode ser extensível a outras unidades hospitalares com um total de 23 jovens médicos especialistas. 

Sabendo que não vai resolver o problema de falta de médicos, Luís Pisco considera que o problema ficará, pelo menos, "atenuado", com a possibilidade de entrada destes 49 novos médicos, cita o Expresso.

As urgências de obstetrícia de quatro dos maiores hospitais de Lisboa vão estar encerradas durante o verão, fechando rotativamente uma de cada vez, devido à falta de especialistas. Mas o problema começa com a contratação de médicos especialistas, cuja autorização por parte do Governo chega a demorar um ano.

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Há nove meses que o hospital de Santa Maria, em Lisboa, espera pela autorização da tutela para contratar sem termo um médico obstetra, cujo contrato à tarefa terminou em janeiro. Enquanto a luz verde não chega, os salários são pagos pela administração.

Os ministérios da Saúde e das Finanças abriram esta terça-feira o processo de recrutamento de 167 médicos para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), 50 dos quais médicos de família e os restantes de 13 especialidades hospitalares.

Segundo uma nota conjunta dos dois ministérios é hoje publicado o despacho que identifica as zonas carenciadas de recursos médicos, abrindo o processo de recrutamento para as 167 vagas.

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Entre as vagas em especialidades hospitalares, 14 são para anestesiologia, 15 para cardiologia, 17 para medicina interna, 12 para ginecologia/obstetrícia e 10 para psiquiatria.

Só nos quatro centros hospitalares de Lisboa Norte, Lisboa Central, Lisboa Ocidental e Algarve e no hospital de Beja faltam pelo menos 241 médicos especialistas. Confrontados com a demora na resolução do vínculo profissional, os médicos acabam por ir para o privado ou mesmo para outro país.

Confrontado, o Ministério da Saúde garante que responde aos pedidos de recursos humanos com "a máxima celeridade".

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