Bloco diz que acordo na concertação "não espelha consenso nacional"

Catarina Martins defende que subida do salário mínimo não está em causa e comparou o acordo feito na concertação social com os que se faziam no tempo da troika.
debate quinzenal catarina martins
Bruno Simão/Negócios
Marta Moitinho Oliveira 17 de Janeiro de 2017 às 16:50

A líder do Bloco de Esquerda disse esta terça-feira que o eventual chumbo no Parlamento da redução da Taxa Social Única (TSU) para os patrões não ameaça o aumento do salário mínimo nacional. Catarina Martins disse que o acordo na concertação social não "espelha um consenso nacional" e comparou-o com os acordos que foram feitos quando a troika estava em Lisboa.

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"O acordo que se diz que pode ficar em causa não pode ser considerado um consenso", disse a deputada bloquista no debate quinzenal, acrescentando que este "não espelha um consenso nacional" e é semelhante a entendimentos que se verificaram durante o programa de ajustamento. 

Catarina Martins defendeu que este é um acordo para a Europa ver, mas garantiu que mesmo que memos que haja um chumbo do decreto-lei que baixa a TSU dos patrões o aumento do salário mínimo já está assegurado.

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Catarina Martins e António Costa apontaram baterias aos PSD. "Quem inventou a redução da TSU como compensação do salário mínimo foi o PSD", disse Catarina Martins. Nas respostas, o primeiro-ministro desvalorizou as divergências entre o Governo e o Bloco. "Esta disciussão para nós não é uma novidade", disse Costa para o parceiro de Governo. 

Costa defendeu que este é um "bom acordo para o Estado", já que "aumenta o rendimento da segurança social". Além disso, o primeiro-ministro sustenta que as empresas com menos trabalhadores são as grandes beneficiárias deste tipo de apoios. 

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"56% destes apoios serão para empresas com menos de 10 trabalhadores e 86% para empresas com menos de 50", disse Costa.  

  

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