Costa anuncia fim do corte aos subsídios de desemprego mínimos em Junho
O primeiro-ministro, António Costa, anunciou esta terça-feira, 23 de Maio, no Parlamento, que a partir de 1 de Junho começará a ser revertido gradualmente o corte de 10% aplicado aos beneficiários dos subsídios de desemprego mais reduzidos.
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À boleia do momento positivo da economia nacional, e com o objectivo de "ir melhorando as condições de vida" da população portuguesa, António Costa revelou que no início de Junho o Governo vai "reverter parcialmente esse corte [de 10%] no subsídio de desemprego com a introdução de uma norma travão para que esse corte não coloque ninguém abaixo do limiar do indicador do apoio social". Questionado pelo Negócios, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social estima que a "norma travão" hoje anunciada poderá "
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O primeiro-ministro referia-se à medida, adoptada, em 2012, pelo anterior Governo, que implicou que as prestações de desemprego iniciadas a partir dessa altura sofressem um corte de 10% seis meses após o beneficiário ter começado a receber o subsídio de desemprego.
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Esse corte abrangia todos os subsídios, mesmo os mais baixos, incluindo os de valor equivalente ao Indexante de Apoios Sociais (IAS), cujo valor em 2017 está fixado nos 421,32 euros.
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A garantia dada por António Costa surgiu em resposta à intervenção feita por Jerónimo de Sousa no debate quinzenal desta terça-feira. O secretário-geral comunista instou Costa a rever este corte, considerando "urgente" a reversão de uma medida cujos efeitos agravam a desigualdade. "Era importante dar uma melhor resposta na prestação de apoios aos desempregados", disse Jerónimo. O fim do referido corte de 10% no subsídio de desemprego - embora para todos os beneficiários - tinha já sido colocado em cima da mesa pelo Bloco de Esquerda e pelo PCP com vista ao Orçamento do próximo ano. Contudo, até agora o PS limita-se a aceitar incluir esta questão nas discussões em torno do plano orçamental para 2018.
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Costa e Jerónimo querem diversificar fontes de financiamento da Segurança Social
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Após ter criticado o PSD por querer recolher os "louros" de a economia ter "crescido em 2015", Jerónimo de Sousa lembrou a bancada social-democrata que isso só aconteceu "porque o Tribunal Constitucional considerou inconstitucionais" todos os cortes pretendidos pelo Governo de então
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"Afinal o país não estava condenado a cortes e mais cortes", constatou o líder comunista que lamentou a insistência nas perguntas colocadas ao Governo sobre o alegado despedimento colectivo na antiga PT. Minutos antes já António Costa se tinha comprometido em não aceitar despedimentos na empresa.
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Jerónimo justifica a preocupação com as "implicações profundamente negativas para a Segurança Social", pelo que o secretário-geral do PCP afirma que "precisamos considerar o alargamento e o reforço do seu financiamento".
O primeiro-ministro mostrou estar em sintonia, dizendo que "acompanho obviamente na necessidade de reforçar a base contributiva da Segurança Social e diversificar as fontes de financiamento"
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