CAP insiste em revisão do sistema de seguros após intempéries no norte do país
A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) insiste que o sistema de seguros para a atividade agrícola precisa de ser revisto para "contemplar e garantir cobertura do capital produtivo contra fenómenos climatéricos intensos e imprevisíveis".
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O apelo foi renovado esta quarta-feira na sequência das intempéries que se abateram sobre Trás-os-Montes e Alto Douro desde o final de maio que afetaram cerca de 6.000 hectares de vinha, 1.000 de olival e 650 de fruticultura (maçã e pêssego) em sete concelhos da região, segundo números compilados pela organização junto dos associados, num comunicado enviado às redações.
"A violência da queda de chuva e de granizo provocou estragos que comprometeram não só a produção da presente colheita, o que se traduz em prejuízos imediatos decorrentes da perda de rendimentos, mas também impactou a capacidade produtiva futura, causando danos extensos em infraestruturas como socalcos, muros de suportes, estradas e caminhos, alguns dos quais se encontram ainda intransitáveis", indica a CAP, manifestando "total solidariedade" para com os agricultores da região, em particular os que têm as suas produções situadas nos municípios de Alijó, Carrazeda de Ansiães, Mêda, Murça, Sabrosa, Vila Flor e Vila Nova de Foz Côa.
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Para a CAP, "fenómenos climáticos adversos e extremos como os verificados no período referido na região de Trás-os-Montes e Alto Douro, e que apesar de serem cada vez mais frequentes, permanecem imprevisíveis, exigem que as coberturas contempladas pelo Sistema de Seguros Agrícolas (SSA) sejam revistas, desde logo garantindo verbas que possibilitem a reposição do capital produtivo".
"O Governo deve efetuar uma avaliação técnica e económica profunda do SSA, por forma a que o prémio que lhes está associado seja financeiramente comportável por parte dos agricultores", advoga.
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