Produção de vinho vai subir 10% em 2017
A produção de vinho em Portugal deve crescer cerca de 10% em relação à anterior campanha, para um total de 6,6 milhões de hectolitros, preparando-se assim para recuperar cerca de metade do volume – superior a um milhão – que tinha perdido no ano passado.
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As previsões divulgadas esta quarta-feira, 2 de Agosto, pelo Instituto da Vinha e do Vinho (IVV), apontam também que "em geral, as uvas apresentam-se em bom estado fitossanitário, perspectivando-se vinhos de boa qualidade" em 2017/2018.
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Em relação à quantidade, a região do Douro, onde estão incluídas as 3.100 pipas adicionais de vinho do Porto definidas no "benefício", vai reforçar a posição como a mais produtiva a nível nacional, com 1.605 mil hectolitros, já que será a também a principal contribuidora para os 600 mil hectolitros a mais que estão previstos no total nacional. Igual percentagem (20%) de aumento está prevista para o Dão.
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Das 14 regiões vitivinícolas no Continente e nas Ilhas em que está dividido o país, que tem a quarta maior área de vinha da Europa, a produção apenas irá cair em duas, que não pertencem ao lote das mais representativas. Nas Terras da Beira (-20%) devido "essencialmente a geada tardia no início de Maio e também ao escaldão das uvas"; e nas Terras de Cister (-5%) "influenciada pela ocorrência de geadas e quedas de granizo pontuais, no final de Abril".
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As estimativas publicadas pelo instituto público mostram ainda que, ao manter a produção de 1.050 mil hectolitros em 2017, o Alentejo deverá perder por pouco a segunda posição para a região de Lisboa, onde está prevista uma subida de 10% para 1.099 mil hectolitros. A região do Minho (847 mil hectolitros, +15%), onde se produz o vinho verde, e a do Tejo (606 mil hectolitros, +10%) completam o top 5 das regiões mais "férteis".
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Revisão em alta pelo terceiro ano consecutivo
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Na campanha 2016/2017, a produção de vinho em Portugal baixou para 6.022 mil hectolitros, segundo os dados oficiais. Ainda assim, a quebra verificada de 15% acabou por não ser tão acentuada quanto a que tinha sido prevista em Agosto do ano passado pelo organismo presidido por Frederico Falcão, que apontava para uma descida de 20%.
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Aliás, foi o terceiro ano consecutivo em que as previsões do IVV acabaram por ser mais pessimistas face à realidade nas vinhas portuguesas. Já em 2014/2015, a quebra na produção acabou por ser mais ligeira (-0.8%), justificada na altura com as baixas expectativas em Agosto e a chuva durante a época de colheita das uvas. E o crescimento homólogo de 13% apurado em 2015/2016 acabou por superar a expectativa mais curta, a rondar os 8%, feita antes da vindima.
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As exportações de vinho português somaram 732 milhões de euros no ano passado, um valor que compara com os 727 milhões de euros registados em 2015. O presidente da Viniportugal, Jorge Monteiro, estimou em Maio que o sector deverá manter este ano o ritmo de crescimento das vendas nos mercados externo, prevendo uma subida de cerca de 4%, para 744 milhões de euros.
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