Acções da Reuters caem 7% após divulgação de resultados

A Reuters obteve lucros no primeiro semestre, registando, no entanto, uma queda de 11% nas receitas durante esse período. O presidente da agência financeira admite a possibilidade de não haver um crescimento nas receitas até 2006. As acções caíram um máxi
Ana Filipa Rego 27 de Julho de 2004 às 12:54

A Reuters obteve lucros no primeiro semestre, registando, no entanto, uma queda de 11% nas receitas durante esse período. O presidente da agência financeira admite a possibilidade de não haver um crescimento nas receitas até 2006. As acções caíram um máximo de 7,74% depois das declarações.

Os resultados líquidos da maior agência financeira do mundo ascenderam às 286 milhões de libras (433,5 milhões de euros), ou 20,4 pence por acção, no período em análise, contra sete milhões de libras (10,6 milhões de euros), ou 0,5 pence por acção, do primeiro semestre do ano anterior, divulgou a empresa em comunicado acrescentando que as vendas totais caíram 11% nesse período para as 1,44 mil milhões de libras (2,2 mil milhões de euros).

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Os lucros excederam as 240 milhões de libras (363,7 milhões de euros) esperadas pelos analistas consultados pela Bloomberg.

No segundo trimestre, as vendas relativas às subscrições na sua principal divisão caíram 6,2%, excluindo os efeitos cambiais, para 537 milhões de libras (813,9 mil milhões de euros), e a empresa considera que poderão cair 5% no terceiro trimestre.

Em chamada telefónica à agência noticiosa norte-americana, o presidente executivo da agência, Tom Glocer afirmou que «não está em causa se as vendas vão inverter a tendência de queda, a questão que se coloca é quando e não se». As receitas relativas às subscrições na sua principal divisão poderão ficar inalteradas ou aumentar «ligeiramente» este ano, explicou o mesmo responsável.

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O presidente da agência britânica de notícias financeiras disse mesmo que é «esperado» que o regresso do crescimento das vendas não aconteça até o início de 2006.

A Reuters vendeu activos, nomeadamente parte da Tibco Software, para ajudar a fazer com que os lucros disparassem perante a queda de vendas na sua principal unidade.

O presidente da empresa está neste momento a meio caminho de um programa, com duração de três anos, de redução de custos, que inclui a redução de três mil postos de trabalho, ou seja, 19% da força laboral, e a redução do número de produtos vendidos de 100 para 50, tendo como objectivo poupanças de 440 milhões de libras (666,9 milhões de euros) em 2006.

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As acções da Reuters caíam 6,04%, para 303,5 pences, depois de terem caído um máximo de 7,74%, para 298 pences.

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