"Empresas com presença muito relevante em Angola mantêm atividade"
As empresas portuguesas em Angola têm tido problemas ao nível de repatriamento de capitais. Luís Castro Henriques, presidente da AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal), realça no entanto que o que podia ser feito foi feito, para agilizar o processo.
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"Acompanhámos ao nível da AICEP o compromisso do Governo angolano de regularizar administrativamente a questão. Foi feito um grande esforço no ano passado para se conseguir regularizar e perceber quais eram mesmo os montantes em dívida junto do Estado central. Isso foi feito e concretizado", mas "foi avisado que tudo depende da disponibilidade de divisas e da disponibilidade financeira do país como um todo", realça em entrevista ao Negócios e Antena 1, na conversa capital.
"O programa do FMI está a iniciar-se em Angola portanto é normal que haja um ciclo de maior desafio, nomeadamente para o Banco Nacional de Angola, para conseguir fazer esses pagamentos. Agora, aquilo que o Estado português podia fazer e que a AICEP podia apoiar que era garantir que administrativamente o tema estaria regularizado da melhor forma possível, eu creio que foi concretizado".
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Ainda assim, está a haver o impacto do ciclo económico. Aliás, as relações comerciais entre os dois países são mais dependentes desses ciclos, acredita Castro Henriques que não vê fugas de empresas portuguesas de Angola.
"A aposta das empresas portuguesas é de muito longo prazo", e, por isso, "as empresas que têm atividade muito relevante e presença permanente em Angola, eu vejo-as a manter a sua atividade lá. Se a atividade é menor e portanto têm uma exposição menor de recursos lá, sim".
Desta forma, Castro Henriques acredita que o caso Luando Leaks não terá impacto neste relacionamento.
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