BCP quer vender ações da Pharol

O banco liderado por Miguel Maya esclareceu que não tem intenção de deter as ações da Pharol que ‘herdou’ do incumprimento da High Bridge. “O natural é vender”, referiu o banco.
Lusa
Sara Ribeiro e Sara Antunes 12 de Agosto de 2019 às 15:03

O BCP não tem intenção de ficar com a participação de 10% da Pharol que herdou devido ao incumprimento de um financiamento feito pela High Bridge. Em resposta às perguntas do Negócios, fonte oficial do banco começou por explicar que "não comenta quaisquer relacionamentos com clientes" e ressalva "que os financiamentos que efetua compreendem garantias e que cabe ao mesmo assegurar os seus direitos em caso de incumprimento".

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Porém, no que toca ao financiamento em concreto feito pela High Bridge, que tem sido ligada ao empresário brasileiro Nelson Tanure, o BCP explica que tinha "como colateral ações da Pharol". Mas, garante que "não transferiu as ações para a sua propriedade, tendo apenas prestado informação sobre o direito acionado, a quem competia". E o objetivo final é vender:  "O Millennium bcp não tem intenção de deter ações da Pharol e, tendo direitos sobre as mesmas, o natural é vender", garantiu a mesma fonte oficial do banco liderado por Miguel Maya.

Como foi noticiado esta segunda-feira de manhã, o banco passou a ter 9,99% dos direitos de voto da Pharol por "imputação de direito de voto inerentes que resulta dos termos e condições de penhores financeiros que incidem sobre ações."

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A High Bridge, que tem sido associada ao empresário brasileiro Nelson Tanure – ainda que a informação nunca tenha sido confirmada - aumentou a sua posição no capital da Pharol numa altura em que o empresário estava numa guerra contra a administração da Oi, detida em parte pela Pharol. Nelson Tanure é também acionista da Oi e foi  um dos opositores ao plano de recuperação da operadora brasileira, sendo um dos aliados da Pharol durante o processo.

A "falta de transparência" na titularidade desta sociedade bem como da High Seas, levou a CMVM no final de abril a adotar um projeto de decisão onde estipulava um prazo de 30 dias para que estas duas acionistas da Pharol informassem o beneficiário efetivo das empresas, ou seja, o seu verdadeiro dono. Mas até à data ainda não houve mais informações sobre este assunto.

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Entretanto a High Seas já deixou de ter uma participação qualificada no capital da Pharol.

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