Black Friday tirou gás ao "sprint" final das compras de Natal
Este mês de dezembro não foi tão bom para o retalho como é habitual. "Foi realmente uma época que teve uma fase final mais difícil, em comparação com os outros anos", diz Miguel Pina Martins, presidente da Associação de Marcas de Retalho e Restauração. Já novembro foi um mês "mais interessante", com um "crescimento bastante grande".
Com quase uma semana a faltar para fechar o mês - e os saldos aí à porta - a associação não tem ainda números para apresentar, mas garante que a tendência é de desaceleração e a culpa é do crescimento da Black Friday, habitualmente assinalada a 28 de novembro com grandes descontos, mas que já se alarga por vários dias, nalguns casos pelo mês inteiro.
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"As pessoas estão a aproveitar cada vez mais as promoções do mês de novembro, nomeadamente por causa da Black Friday, que hoje em dia já se estende praticamente ao Black Month, ao mês inteiro de promoções, e que acaba por depois ter algum impacto nas vendas que acontecem no final do ano (...) Acaba por haver um aumento muito grande de vendas nessa altura, que depois pode ter um ligeiro efeito no final do ano, porque é natural que as pessoas já tenham feito as suas compras todas de Natal", explica Pina Martins, em entrevista ao programa do Negócios no canal NOW.
Quanto ao cabaz de prendas, o presidente da Associação de Marcas de Retalho e Restauração diz que não se alterou, com os brinquedos, produtos de perfumaria e roupa a liderarem as preferências.
E depois da azáfama das compras vem outra época forte do retalho: os saldos. A expectativa dos retalhistas é alta, já que esta é uma semana "muito relevante para fechar o ano". Miguel Pina Martins diz que faz sentido esperar um volume elevado de vendas, já que em Portugal existe "uma cultura de compra muito direcionada para a promoção". "As pessoas estão cada vez mais habituadas a promoções e, portanto, estes momentos promocionais têm tido sempre um grande crescimento de forma genérica ao longo dos últimos 10 anos", remata.
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