Concorrência ordena à Nestlé venda da chocolates Garoto

O Conselho Administrativo de Defesa Económica, órgão de defesa da concorrência no Brasil, ordenou à Nestlé que venda a sua recente compra, a empresa que gere o negócio dos chocolates Garoto, por considerar que se formou um duopólio neste segmento no merca
Bárbara Leite 06 de Outubro de 2004 às 16:32

O Conselho Administrativo de Defesa Económica, órgão de defesa da concorrência no Brasil, ordenou à Nestlé que venda a sua recente compra, a empresa que gere o negócio dos chocolates Garoto, por considerar que se formou um duopólio neste segmento no mercado brasileiro.

A 4 de Fevereiro, este órgão entendeu que a compra da Garoto pela Nestlé prejudicava concorrentes e consumidores, mas a empresa suíça recorreu da decisão.

PUB

Ontem, o Cade reiterou a decisão, com três votos favoráveis e dois contra, sendo que a Nestlé admitiu que vai mais uma vez recorrer da decisão.

Com a compra da Garoto, a Nestlé ficou com 58% do mercado de chocolates no Brasil, sendo que a única concorrente à altura seria a Kraft dona da marca de chocolates Lacta com 34% do mercado.

Em alternativa à venda total da empresa brasileira, a Nestlé propôs vender 10% do mercado de chocolates e 20% do segmento de coberturas, oferta rejeitada pelo Cade.

PUB

O órgão de defesa da concorrência entendeu que esta oferta não era suficiente para fortalecer um novo concorrente.

Assim, a Nestlé terá que vender a Garoto para qualquer empresa que tenha menos de 20% do mercado de chocolates. Essa alienação tem que ocorrer 15 após ter sido publicada a ordem em Diário Oficial.

A britânica Cadbury Adams já manifestou a intenção de comprar a Garoto, alegando que não possui capacidade de produção no Brasil. Esta companhia factura a nível mundial oito mil milhões de dólares (6,5 mil milhões de euros) por ano.

PUB

*Correspondente em São Paulo

Pub
Pub
Pub