Europa sonda SpaceX de Elon Musk para colmatar bloqueio aos foguetes russos
A Agência Espacial Europeia (ESA, no original) encetou discussões técnicas preliminares com a SpaceX, de Elon Musk, explorando a possibilidade de utilizar temporariamente os seus veículos de lançamento.
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Segundo um exclusivo da Reuters, a necessidade surgiu com o conflito na Ucrânia, que determinou o bloqueio do acesso aos foguetes russos Soyuz, os veículos de lançamento mais utilizados no mundo antes da guerra.
À procura de alternativas, e com o novo lançador da ESA ainda atrasado, o diretor-geral da agência, Josef Aschbacher, adiantou à Reuters que há várias hipóteses em análise para colmatar a lacuna: uma – e a mais provável, a da SpaceX; outra o Japão e eventualmente a Índia. Destas, a empresa de Musk será a opção "mais operacional", embora tudo ainda não passe de uma exploração preliminar.
De acordo com o responsável, em primeiro lugar há que confirmar "compatibilidades técnicas" entre o lançador norte-americano e os satélites europeus, antes de se chegar à fase da negociação comercial.
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Além disso, qualquer decisão final está dependente do cronograma do foguete Ariane 6, o novo veículo de lançamento a ser desenvolvido pela ESA cujo projeto tem sofrido atrasos, sendo esperadas novidades em outubro, depois de novos testes em curso.
Até à data, a agência europeia tem utilizado uma empresa italiana, a Vega, para pequenas cargas, a Soyuz para médias e o Ariane 5 para as maiores, com o seu sucessor a ser agora esperado só no próximo ano. As alternativas a ser exploradas seriam por isso de "backup" e provisórias.
Desde que o corte com o setor espacial russo se fez sentir, o lançador de Musk, o Falcon 9, já terá conseguido novos clientes, incluindo a empresa de internet OneWeb e a Northrop Grumman, uma multinacional norte-americana da indústria aeroespacial e defesa. No entanto, uma eventual missão europeia seria vista como uma "vitória significativa" para o fabricante dos EUA, adianta a Reuters.
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