Fisco está a estudar operação da Jerónimo Martins
Durante o debate quinzenal no Parlamento, o primeiro-ministro referiu que a "entidade tributária e aduaneira está a estudar essa questão".
"Se alguma ilegalidade tiver sido cometida, não deixará de accionar todos os mecanismos", disse ainda em resposta ao Bloco e aos Verdes.
PUB
Passos Coelho sublinhou, porém, que "o grupo Jerónimo Martins continuará a pagar impostos em Portugal e os que recebam dividendos em Portugal serão tributados cá".
"Não será por uma razão meramente fiscal que a Jerónimo Martins preferiu a Holanda", acrescentou Passos, que em intervenções anteriores do debate quinzenal tinha já dito não ter sido previamente informado desta operação.
Quanto às largas centenas de milhões de euros que foram transferidos para fora de Portugal na primeira metade de 2011 (incluindo para a Holanda), Passos indicou que isso "deve-nos preocupar porque significa que durante muitos anos andamos mal".
PUB
Ironizando que não tenciona "nacionalizar a JM para que estas operações não sejam feitas", Passos garantiu ainda no Parlamento que a Caixa Geral de Depósitos, detida pelo Estado, não recomendou movimento semelhante a nenhum seu cliente residente, "nem para ilhas caimão nem noutra praça financeira".
"Só a não residentes", acrescentou Passos, lembrando que o banco público trabalha em ambiente concorrencial e poderia perder clientes e capital, "o que não seria benéfico para os portugueses".
Mais lidas
O Negócios recomenda