Governo italiano aprova privatização da Poste Italiane e da Enav
Por indicação do próprio primeiro-ministro, Matteo Renzi, e do ministro da Economia e Finanças, Pier Carlo Padoan, o Conselho de Ministros de Itália esteve reunido esta sexta-feira e aprovou a privatização de parte da empresa de correios estatal, Poste Italiane, e da Enav, uma companhia de controlo de tráfego aéreo.
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O Executivo de Renzi pretende vender, através de uma oferta pública de venda (OPV), até 40% dos correios italianos, o que poderá render um valor em torno dos 4 mil milhões de euros, escreve a Bloomberg.
Segundo esta agência, o Tesouro transalpino já escolheu os bancos de investimento Bank of America, Citigroup e Mediobanca para assessorar os processos das OPV.
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Na sequência do anúncio do Governo, a agência de notação Fitch elevou, esta sexta-feira, a perspectiva da Poste Italiane de "negativa" para "estável".
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Quanto à Enav, segundo escreve o "La Reppubblica", a preferência do Governo também recai numa OPV de até 49% da empresa, sendo que existe abertura para uma venda directa a um privado. O diário sublinha que a Enav fechou 2013 com os melhores resultados de sempre, apesar da conjuntura difícil que afecta o sector, o que terá despertado o apetite da companhia italiana F2i.
O ministro Padoan, que terá a seu cargo a pasta das privatizações, já sublinhou, há cerca de um mês, que estas privatizações fazem parte "de um capítulo de um programa muito ambicioso".
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Apesar da importância destas empresas, especialmente dos correios de Itália, que há poucos meses estiveram na eminência de injectar dinheiro na Alitalia, estes negócios ganham contornos de especial premência numa altura em que o Executivo de Renzi enfrenta duras dificuldades para cumprir as metas orçamentais acordadas com Bruxelas.
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Os negócios fazem parte de um plano de privatizações que pretende assegurar cerca de 9 mil milhões de euros até ao final do ano, e assim tentar reduzir a dívida pública italiana abaixo dos 135% do PIB previstos para 2014. A economia transalpina continua em dificuldades e os dados conhecidos esta semana mostraram uma contracção do PIB de 0,1% no primeiro trimestre deste ano, depois de um crescimento de 0,1% nos últimos três meses do ano.
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