Honda abandona Fórmula 1

A Honda abandonou a Fórmula 1, reduzindo, assim, os seus custos em 20 mil milhões de ienes, após ter revisto em baixa as previsões de receitas e diminuir a produção. As acções da empresa negociaram hoje no nível mais baixo desde Setembro de 2001.
Ana Luísa Marques 05 de Dezembro de 2008 às 12:22

O presidente-executivo da Honda, Takeo Fukui (na foto), anunciou que a sua empresa vai deixar de ter uma equipa na Fórmula 1. Gerir esta equipa custa à Honda, anualmente 20 mil milhões de ienes (cerca de 169 milhões de euros), sem contar com os custos de desenvolver os motores e os carros.

Nos últimos dois anos a equipa da Honda encerrou em oitavo e nono lugar, após classificar-se em quarto em 2006. Caso não seja encontrado um comprador para a equipa da Honda, a Fórmula 1 terá lugar este ano com nove equipas e 18 carros.

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O britânico Jenson Button e o brasileiro Rubens Barrichello são os actuais pilotos da Honda e podem ficar sem equipa para a próxima temporada, que tem início a 29 de Março na Austrália.

Max Mosley, presidente da Federação Internacional Automóvel, afirmou recentemente que as equipas de Fórmula 1 gastam anualmente 1,6 mil milhões de dólares, um valor que classificou de "insustentável".

Devido à crise que atravessa o sector automóvel global a empresa foi, também, forçada a rever em baixa de 13% as suas previsões de lucros. As venda de veículos nos Estados Unidos, o seu mercado mais rentável, caíram 32% em Novembro, a maior queda desde 1981.

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A Honda precisa de acelerar o desenvolvimento de pequenos carros e de motores híbridos e a diesel, anunciou o CEO. Os 400 engenheiros que trabalham na equipa de Fórmula 1 vão ser direccionados para estes projectos, avançou Fukui.

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