Ibersol fatura mais, mas amortizações pesam nos lucros
A Ibersol fechou os primeiros seis meses do ano com resultados líquidos de 1,6 milhões de euros, uma quebra face ao mesmo período de 2024 apesar do crescimento de dois dígitos nas receitas, bem como a melhoria da margem de EBITDA. As amortizações acabaram por pesar nas contas do grupo.
"O resultado líquido das Operações Continuadas atingiu os 1,6 milhões de euros, o que representa uma variação de -0,2 milhões de euros face ao registado em igual período de 2024", refere a empresa, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). É uma quebra de 11% em termos homólogos.
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"As amortizações, depreciações, perdas por imparidade de AFT, direito de uso e 'goodwill' totalizaram 50,3 milhões de euros, que correspondem a um aumento de 17,0 milhões de euros quando comparado com o período homólogo de 2024", explica a Ibersol, apontando este como o principal fator de pressão nos resultados.
Ao nível do EBITDA, a Ibersol apresentou um valor de "57,0 milhões de euros, ultrapassando em 17,5 milhões de euros o EBITDA registado em igual período de 2024. A margem EBITDA sobe para 23,1% do volume de negócios (4,2 p.p. acima do período homólogo)". Isto num contexto de forte aumento das receitas.
A Ibersol, que terminou o primeiro semestre com 555 (503 próprias e 52 franquiadas) restaurantes, "registou um crescimento do volume de negócios de 17,8%, sendo que metade deste crescimento se deve à integração das unidades KFC via aquisição da NRS em julho de 2024".
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"O crescimento [comparável] Like-for-like (LfL) atingiu os 2,1% e o restante crescimento corresponde ao contributo da expansão (5,3%) e à operação em formatos definitivos nos Aeroportos de Madrid e Tenerife (1,5%)", acrescenta a empresa no comunicado enviado à CMVM.
A Ibersol, que revela que o investimento (capex) atingiu os 14,7 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano, com boa parte desse valor a ser aplicado na abertura de novos restaurantes de "fast food", alerta para a situação geopolítica que pode ter "potenciais efeitos negativos na confiança dos consumidores". Mas vai continuar a expandir-se.
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"Cremos, no entanto, que os mercados do sul da Europa, mais expostos ao turismo, continuarão a evidenciar uma maior resiliência face a um abrandamento natural no consumo", diz a empresa, salientando que dará "continuidade aos planos de expansão das marcas KFC, Taco Bell e Pret A Manger".
Está também atenta a outras oportunidades, nomeadamente nos aeroportos. "Ainda em 2025, é expectável a publicação dos termos do concurso do Aeroporto de Lisboa e no dia 9 de setembro foi anunciada a abertura do concurso de 49 restaurantes no Aeroporto de Barcelona", remata.
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