Mercado laboral dos EUA deixa Europa no vermelho. Petróleo em mínimos de 2021
Subida do desemprego nos EUA atira dólar ao chão
Ouro sobe ligeiramente com dados do emprego nos EUA
Petróleo afunda para mínimos de 2021
Criação de emprego nos EUA não devolve ânimo a Wall Street
Euribor desce a três e a seis meses e sobe a 12 meses para máximo desde abril
Brent negoceia abaixo dos 60 dólares por barril pela primeira vez desde maio
Setor da defesa pressiona Europa. Investidores à espera de dados dos EUA
Juros aliviam em toda a linha na Zona Euro
Iene recupera terreno antes de subida dos juros. Euro e libra estáveis
Ouro desvaloriza com investidores a aguardarem por dados económicos nos EUA
Dados económicos chineses e negociações de paz pressionam crude
Índices asiáticos recuam mais de 1% em toda a linha. Investidores aguardam dados dos EUA
Mercado laboral dos EUA deixa Europa no vermelho. Petróleo em mínimos de 2021
Mercado laboral dos EUA deixa Europa no vermelho. Petróleo em mínimos de 2021
As bolsas europeias foram contagiadas pelo pessimismo que surge do outro lado do Atlântico, em Wall Street, terminando a sessão no vermelho. Nos EUA, o mercado de trabalho continua a demonstrar fragilidades, o que apesar de significar um aumento das apostas em novos cortes de juros, também faz soar os alarmes entre o mercado.
Além disso, as duas maiores economias do bloco - Alemanha e França - têm registado uma desaceleração no crescimento do setor privado.
Assim, e após ter registado a maior subida em quase três semanas na sessão anterior, o Stoxx 600, "benchmark" para a negociação europeia, perdeu 0,47% para 579,8 pontos, pressionado pelos setores de tecnologia e de petróleo e gás, que registaram quedas acima de 1%.
Também o subsetor da defesa - considerado o setor de destaque em 2025 - continua a perder terreno, à medida que avançam as negociações para a paz na Ucrânia. As ações da alemã Rheinmetall, líder do setor, tombaram 4,5%, enquanto a italiana Leonardo SpA caiu 3,9%.
Quanto aos resultados por praça, o alemão DAX cedeu 0,63%, o espanhol IBEX 35 caiu 0,7%, o italiano FTSEMIB desvalorizou 0,29%, o francês CAC-40 recuou 0,23%, o britânico FTSE 100 cedeu 0,68% e o neerlandês AEX desacelerou 1,12%.
Apesar da queda desta terça-feira, as ações europeias continuam a registar o sexto mês consecutivo de ganhos, com os investidores a apostar que a Reserva Federal norte-americana continuará a reduzir as taxas de juros, à medida que o Banco Central Europeu se prepara para deixar os juros do bloco inalterados.
Juros aliviam na Zona Euro. "Gilts" britânicas em contraciclo
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro encerraram a sessão desta terça-feira com alívios, num dia em que os investidores se afastaram de ativos de risco e procuraram refúgio nas obrigações.
A "yield" da dívida alemã a dez anos, que serve de referência para a região, recuou 0,8 pontos base para 2,843%, enquanto os juros das obrigações italianas com a mesma maturidade caíram 1,7 pontos para 3,546%. Por sua vez, em Itália, os juros da dívida deslizaram 2,7 pontos para 3,541%.
Já pela Península Ibérica, a tendência manteve-se, com a "yield" das obrigações portuguesas e espanholas a dez anos aliviarem em 1,9 e 1,8 pontos base para 3,138% e 3,278%, respetivamente.
Fora da Zona Euro, os juros das "Gilts" britânicas com a mesma maturidade avançaram 2,3 pontos base para 4,517%, contrariando a tendência do resto da Europa, num dia em que os índices dos gestores de compras (PMI) da S&P Global Manufacturing pintaram um cenário mais otimista para a economia britânica.
Subida do desemprego nos EUA atira dólar ao chão
O dólar norte-americano está a cair face aos restantes pares, isto depois de no início da tarde terem sido divulgados os dados do mercado laboral do país. Os relatórios mostraram que a criação de emprego continua lenta, ao mesmo tempo que a taxa de desemprego acelerou para o nível mais alto desde 2021.
O índice do dólar da DXY cede 0,2% para 98,114 pontos, o nível mais baixo em cerca de dois meses. O euro sobe 0,12% para 1,1767 dólares e, face à divisa nipónica, a "nota verde" perde 0,26% para 154,83 ienes. Também a libra ganha 0,36% para 1,3424 dólares.
A libra e o iene lideram as subidas entre as divisas, numa semana que ficará marcada pelas reuniões de ambos os bancos centrais. O primeiro deve cortar as taxas de juro, isto depois de dados terem mostrado que o desemprego no país atingiu o nível mais alto em quase cinco anos, a par de um desaceleramento no crescimento dos salários. Já tudo aponta para que o Banco do Japão suba os juros. Também o Banco Central Europeu deverá manter as taxas de juros inalteradas na quinta-feira.
“Os dados económicos dos EUA abaixo do esperado colocaram o dólar na defensiva em relação às outras principais moedas”, escreveu Andy Cossor, analista de câmbio do DZ Bank, à Bloomberg. “O mercado de trabalho, as vendas no retalho e o PMI de dezembro do S&P foram, no geral, pessimistas, o que certamente mantém a pressão sobre a Reserva Federal para continuar a reduzir as taxas de juros em 2026", acrescentou.
Ouro sobe ligeiramente com dados do emprego nos EUA
Os preços do ouro estão a subir de forma moderada, após os dados do mercado de trabalho norte-americano hoje divulgados terem animado os investidores. Segundo os dados do departamento do Trabalho dos EUA, em novembro a taxa de desemprego subiu para 4,6% em novembro face aos 4,4% registados em setembro. O gabinete explicou ainda que não tinham informações suficientes para recolher dados relativos a outubro, devido à paralisação dos serviços federais norte-americanos.
Além disso, a maior economia do mundo criou 64 mil novos empregos em novembro, depois de um recuo de 105 mil em outubro. Os dados mostram ainda um mercado de trabalho fragilizado, que deverá alimentar novamente as apostas em mais um corte nas taxas de juro pela Reserva Federal na próxima reunião.
Neste contexto, o metal amarelo sobe 0,22% para 4.314,77 dólares por onça, impulsionado pela queda do dólar americano, que torna o ouro mais barato para detentores de outras moedas.
Ganhos mais robustos estão a ser contidos pelos avanços nas negociações de paz na Ucrânia, que afasta os investidores de ativos de seguros, como o metal precioso.
Os investidores agora aguardam o índice de preços no consumidor (IPC) de novembro, divulgado esta quinta-feira, e o índice de despesas de consumo pessoal (PCE), na sexta-feira.
Noutros metais preciosos, a prata cede quase 1% para 63,48 dólares por onça. Já a platina salta 3,5% para 1.860,67 dólares por onça, o valor mais elevado em mais de 14 anos (desde setembro de 2011). O paládio dispara 2,72% para 1.615,71 dólares.
Petróleo afunda para mínimos de 2021
Os preços do petróleo estão a cair significativamente esta tarde, numa reação dos investidores aos progressos nas negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia.
O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – está a negociar em mínimos de fevereiro de 2021, ao afundar 3,04%, para 55,1 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – tomba 2,89% para os 58,81 dólares por barril, a primeira vez que a referência cai abaixo dos 60 dólares desde maio deste ano.
Os EUA ofereceram garantias de segurança a Kiev semelhantes às da NATO, tendo também os negociadores europeus relatado progresso nas conversas desta segunda-feira, em Berlim, o que gerou otimismo de que o fim da guerra estaria mais próximo. No entanto, a Rússia disse não estar disposta a ceder territórios conquistados.
"A dificuldade nas negociações será acompanhada pela contínua queda dos preços à medida que entramos em 2026, com todas as previsões de 'excesso de oferta' associadas a esse ano. O Brent não cairá abaixo dos 55 dólares por barril até ao final do ano", disse John Evans, analista da PVM Oil Associates, à Bloomberg.
As quedas registadas esta terça-feira marcam o mais recente sinal de que a oferta de petróleo bruto está a superar a procura, enquanto o mercado se prepara para um grande excedente no próximo ano, graças ao crescimento da produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e em diversos países das Américas fora do grupo.
“Todos estão hoje voltados para saber se o Brent vai fechar abaixo dos 60 dólares por barril ou não”, disse Bjarne Schieldrop, analista-chefe de commodities da SEB AB, à Bloomberg. O analista afirma ainda que o caminho do mercado petrolífero serpa "para baixo", até que o cartel decida mudar o rumo da produção de manter para cortar.
O "ouro negro" está a caminho de registar uma perda anual, com a oferta prevista para superar a procura tanto neste ano como no próximo. A OPEP e aliados adiaram os aumentos de produção para o início do próximo ano, justificando a decisão com uma "perspectiva incerta", mas a Agência Internacional de Energia estima que o volume do excedente de 2026 será o maior alguma vez registado.
Criação de emprego nos EUA não devolve ânimo a Wall Street
As bolsas norte-americanas arrancaram a sessão desta terça-feira em terreno negativo, ainda que com perdas moderadas, numa altura em que os investidores digerem os mais recentes dados relativos ao mercado de trabalho do país.
A maior economia do mundo criou 64 mil novos empregos em novembro, depois de um recuo de 105 mil em outubro. A taxa de desemprego foi de 4,6% em novembro, acima dos 4,4% de setembro e a mais alta desde 2021 (a publicação dos dados de outubro foi adiada).
Este é mais um sinal de que o mercado laboral dos EUA está lento, mas não se está a deteriorar rapidamente, o que pouco altera as apostas dos investidores em novos cortes nas taxas de juro pela Reserva Federal para 2026.
"A subida do desemprego pode parecer um sinal de flexibilização das taxas de juros", disse David Russell, da TradeStation, à Bloomberg. "No entanto, resultou de cortes de empregos no Governo e não de uma fragilidade na economia cíclica. Estes dados pouco contribuem para a mudança após três cortes", acrescentou.
Nos primeiros minutos de negociação, o S&P 500 descia 0,19% para 6.803,30 pontos, o tecnológico Nasdaq Composite perdia 0,23% para 23.004,66 pontos e o industrial Dow Jones cedia ligeiros 0,03% para 48.400 pontos.
Os analistas acreditam que estes relatórios vão ser vistos com pouca importância pelo banco central. O foco deverá estar agora nos dados do emprego de dezembro, que serão divulgados em janeiro, dizem. Para já, o mercado aponta para mais dois cortes em 2026 para dar um impulso à economia americana.
O mercado está ainda atento ao processo de escolha de um sucessor para Jerome Powell, o presidente da Fed. Scott Bessent, secretário do Tesouro, afirmou que esta semana seriam feitas mais duas entrevistas. O Presidente dos EUA, Donald Trump, deverá anunciar um nome em janeiro.
Nos movimentos empresariais, a Pfizer desce 2,6% já que prevê pouco ou nenhum crescimento nas vendas no próximo ano, enquanto a farmacêutica se esforça para renovar o seu portfólio de medicamentos de sucesso.
Já a Kraft Heinz ganha 1,27% para após anunciar que vai substituir o seu diretor executivo, com o ex-CEO da Kellanova, Steve Cahillane, a assumir o cargo de Carlos Abrams-Rivera em janeiro.
Euribor desce a três e a seis meses e sobe a 12 meses para máximo desde abril
A taxa Euribor desceu esta terça-feira a três e a seis meses e subiu de novo a 12 meses para um novo máximo desde 2 de abril.
Com estas alterações, a taxa a três meses, que recuou para 2,057%, permaneceu abaixo das taxas a seis (2,164%) e a 12 meses (2,315%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, baixou, ao ser fixada em 2,164%, menos 0,004 pontos do que na segunda-feira.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a outubro indicam que a Euribor a seis meses representava 38,5% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.
Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 31,75% e 25,25%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor subiu para 2,315%, mais 0,005 pontos do que na segunda-feira e um novo máximo desde 2 de abril.
A Euribor a três meses cedeu, para 2,057%, menos 0,015 pontos do que na segunda-feira.
Em relação à média mensal da Euribor em novembro esta subiu de novo nos três prazos, mas de forma mais acentuada do que no mês anterior e nos prazos mais longos.
A média da Euribor em novembro subiu 0,008 pontos para 2,042% a três meses. Já a seis e a 12 meses, a Euribor avançou 0,0024 pontos para 2,131% e 0,030 pontos para 2,217%.
Esta semana realiza-se a reunião de política monetária do BCE na quarta e na quinta-feira em Frankfurt.
Em 30 de outubro, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas diretoras, pela terceira reunião de política monetária consecutiva, como tinha sido antecipado pelo mercado e depois de oito reduções das mesmas desde que a entidade iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024.
A presidente do BCE, Christine Lagarde, considerou no final da reunião de 30 de outubro, em Florença, que a entidade se encontra "em boa posição" do ponto de vista da política monetária, mas sublinhou que não é um lugar fixo.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Brent negoceia abaixo dos 60 dólares por barril pela primeira vez desde maio
O preço do Brent do Mar do Norte, crude de referência para as importações europeias, negociado em Londres, caiu abaixo dos 60 dólares por barril pela primeira vez desde maio, pressionado por perspetivas de um excedente da oferta de crude para 2026, enquanto é também influenciado por novos desenvolvimentos nas negociações de paz para pôr fim à guerra na Ucrânia.
Neste momento, o Brent recua 1,85%, para os 59,45 dólares por barril, enquanto o West Texas Intermediate – de referência para os EUA - oscila em torno dos 56 dólares por barril.
“O Brent caiu esta manhã para menos de 60 dólares por barril pela primeira vez em meses, à medida que o mercado avalia um potencial acordo de paz que resultaria na disponibilidade de volumes adicionais da Rússia e no aumento do excesso de oferta no mercado”, disse à Reuters Janiv Shah, analista da Rystad.
A aumentar a pressão sobre os preços do “ouro negro” estão também dados económicos fracos vindos da China que alimentaram ainda mais as preocupações de que a procura global possa não ser forte o suficiente para absorver o recente crescimento da oferta. Isto visto que o crescimento da produção industrial da China desacelerou para o nível mais baixo em 15 meses, segundo dados oficiais. As vendas a retalho também cresceram no ritmo mais lento desde dezembro de 2022 na segunda maior economia mundial.
Juros aliviam em toda a linha na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro registam alívios em toda a linha esta manhã, num dia em que os investidores parecem estar a reforçar posições em ativos seguros, como é o caso das obrigações.
Neste contexto, os juros das "Bunds" alemãs a dez anos, que servem de referência para a Zona Euro, aliviam 0,8 pontos base para 2,842%, enquanto a "yield" das obrigações francesas com a mesma maturidade cai 1,8 pontos para 3,545%. Já em Itália, os juros recuam 2,1 pontos para os 3,547%.
Pela Península Ibéria, regista-se a mesma tendência, com a "yield" das obrigações portuguesas a dez anos a recuar 1,8 pontos base para 3,139% e as espanholas a caírem 1,7 pontos para 3,280%.
Fora da Zona Euro, os juros das "Gilts" britânicas, também a dez anos, contrariam a tendência registada pela Zona Euro e agravam-se em 2,7 pontos base, para 4,521% em semana de decisão de política monetária do Banco de Inglaterra.
Setor da defesa pressiona Europa. Investidores à espera de dados dos EUA
Os principais índices europeus negoceiam sem tendência definida esta manhã, à medida que os investidores aguardam pela divulgação de dados do mercado laboral norte-americano. A esta hora destacam-se as ações do setor da defesa, que seguem a perder terreno depois de ontem terem sido reportados importantes avanços nas negociações de paz para pôr fim à guerra na Ucrânia.
O índice Stoxx 600 – de referência para a Europa – cede 0,03%, para os 582,36 pontos.
Quanto aos principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX cai 0,39%, o espanhol IBEX 35 ganha 0,03%, o italiano FTSEMIB valoriza 0,41%, o francês CAC-40 avança 0,04%, o britânico FTSE 100 perde 0,20% e o neerlandês AEX recua 0,58%.
“As esperanças de um acordo na Ucrânia provocaram movimentos de venda de curto prazo no setor de defesa, mas, no geral, os mercados ainda estão em modo de espera”, disse à Bloomberg David Kruk, da La Financiere de l’Echiquier. “Em primeiro lugar, ainda precisamos de confirmação de um acordo de paz e há assuntos pendentes no lado macroeconómico, com os dados dos EUA previstos para serem divulgados hoje”.
Nesta linha, os investidores parecem estar a manter-se à margem do mercado e deixar de parte grandes apostas enquanto aguardam pelos dados do mercado laboral dos EUA, que foram adiados devido à paralisação do Governo Federal, para obter pistas sobre a trajetória das taxas de juro.
Os investidores encontram-se ainda a reagir aos novos desenvolvimentos nas conversações entre Ucrânia e Rússia, mediadas pelos EUA. A delegação ucraniana e a norte-americana estiveram reunidas, esta segunda-feira, em Berlim e, no fim de semana, Volodymyr Zelensky admitiu mesmo abrir mão de uma adesão à NATO para tentar um acordo de paz. Neste ponto, a alemã Rheinmetall, líder do setor da defesa no Velho Continente, segue a perder cerca de 4,60%, enquanto a italiana Leonardo recua 4,71% e a francesa Thales perde 2,29%.
Já o setor automóvel segue com um desempenho superior e valoriza 0,60% esta manhã, com a União Europeia prestes a propor regras de emissões mais flexíveis para carros novos, sendo esperado que o bloco deverá apontar para um adiar por cinco anos o fim efetivo da combustão, para 2040. A Stellantis, por exemplo, segue a avançar 1,52%, valorização seguida de perto pela Mercedes-Benz que sobe mais de 1% a esta hora.
Iene recupera terreno antes de subida dos juros. Euro e libra estáveis
O iene está a ganhar terreno nesta terça-feira e o dólar negoceia de forma estável, com a renovada volatilidade dos ativos de risco a levar os “traders” a virarem as apostas para ativos-refúgio antes da divulgação de dados sobre o emprego nos EUA e de uma série de decisões de bancos centrais.
O dólar segue a desvalorizar 0,24%, para os 154,860 ienes, antes de ser anunciada a decisão do Banco do Japão (BoJ na sigla em inglês) na sexta-feira, na qual se espera que o banco central do país aumente as taxas em 25 pontos-base para o nível mais elevado dos últimos 30 anos.
Do lado de lá do Atlântico, o índice do dólar - que mede a força da divisa face às principais concorrentes - segue a recuar 0,08%, para os 98,232 pontos, aproximando-se do seu nível mais baixo desde 17 de outubro.
Pelos EUA, serão divulgados os aguardados relatórios do mercado laboral referentes a outubro e novembro, após atrasos devido à mais longa paralisação do Governo Federal norte-americano. Nesta linha, os dados “ajudarão a esclarecer como é que as condições de emprego nos EUA se desenrolaram durante a paralisação do Governo Federal”, escreveu à Reuters Paul Mackel, do HSBC. “A mensagem da Fed na semana passada deu-nos a certeza de que o dólar ainda não está fora de perigo”, acrescentou.
Por cá, e em semana de decisão de política monetária do Banco de Inglaterra e do Banco Central Europeu, a libra segue a avançar ligeiros 0,07%, para os 1,339 dólares. Já o euro valoriza 0,03%, para os 1,176 dólares.
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