KPMG, PwC, Escom e Tranquilidade ouvidas nas próximas semanas no inquérito ao BES
As audições da comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do GES continuam a decorrer. E já há novas datas e novas personalidades a serem ouvidas. A gestão e direcção do banco, as auditoras e sociedades que pertenciam ao grupo serão o centro da discussão nas próximas semanas.
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Pedro Brito e Cunha tem a audição marcada para dia 22 de Janeiro, pelas 16 horas. É o presidente da comissão executiva da Tranquilidade, a seguradora que pertencia ao Grupo Espírito Santo e que investiu, na primeira metade de 2014, 150 milhões de euros naquele grupo, ficando em consequência descapitalizada. Continua em funções num momento em que se tenta vender a seguradora à Apollo (operação anulada por uma providência cautelar). O fundo norte-americano comprometeu-se a injectar cerca de 150 milhões de euros na empresa, pagando apenas cerca de 50 milhões.
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Mas ainda há mais declarações a prestar. Já na próxima semana, depois das audições à porta fechada do responsável financeiro do GES José Castella e do contabilista do grupo ("commissaire aux comptes") Francisco Machado da Cruz, é a vez de António Souto falar, pelas 15 horas de dia 13 de Janeiro. Souto era administrador do BES e, tal como Joaquim Goes e Rui Silveira, foi suspenso de funções pelo Banco de Portugal após a apresentação de prejuízos históricos do banco, em Julho de 2014.
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Nesse mesmo dia, mas pelas 9 horas é a vez de Isabel Almeida falar perante os deputados. Era a directora do departamento financeiro, de mercados e de estudos e que terá sido a pessoa que esteve envolvida – e que denunciou posteriormente – o esquema de recompra de obrigações do BES que trouxe perdas para a instituição.
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Isabel Almeida esteve para subir à administração do BES quando Amílcar Morais Pires, o administrador financeiro, foi nomeado para suceder a Ricardo Salgado como presidente executivo – o que nunca aconteceu. Também Rita Barosa, alta dirigente do banco, esteve nessa situação. Também não ocorreu. Barosa, que foi secretária de Estado de Miguel Relvas, é chamada ao inquérito ao BES a 21 de Janeiro, pelas 16 horas.
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Sikander Sattar repetente
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As auditoras também estarão nas próximas semanas na comissão parlamentar de inquérito presidida por Fernando Negrão (na foto). E há repetentes. Sikander Sattar, o presidente executivo da KPMG Portugal que já foi ouvido, é chamado agora para falar enquanto presidente da KPMG Angola - o que se tinha recusado a fazer quando foi convocado pela primeira vez. Em Portugal, a KPMG era a auditora do BES enquanto em Angola era do BES Angola. O primeiro tinha uma linha de financiamento de 3,3 mil milhões ao banco em Angola, onde detinha mais de metade do capital. O segundo cedeu créditos de 5,7 mil milhões de dólares em créditos a beneficiários a que perdeu o rasto.
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Sílvia Gomes, administradora da KPMG, também é chamada pelos deputados para falar a 20 de Janeiro, pelas 16 horas. Nesse mesmo dia de manhã é a vez de José Alves, presidente da PwC, auditora do BES até 2002. A PricewaterhouseCoopers (PwC) foi também a entidade responsável pela auditoria às relações entre a PT e o grupo BES/GES nos últimos anos.
Antes disso, a 15 de Janeiro, Luís Horta e Costa, administrador da empresa Escom é convocado para explicar o que aconteceu àquela empresa que pertence ao Grupo Espírito Santo, que esteve para ser vendida à Sonangol mas que nunca saiu do perímetro do grupo português.
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13 Janeiro 9h - Isabel Almeida - Ex-directora do BES, ex-futura-administradora do BES
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13 Janeiro 15h - António Souto - Ex-admiinstrador do BES
14 Janeiro 16h – Sikander Sattar - Presidente da KPMG Angola
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15 Janeiro 16h – Luís Horta e Costa - Administrador Escom
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20 Janeiro 9h - José Alves – Presidente PwC
20 Janeiro 15h - Sílvia Gomes - Administradora da KPMG
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21 Janeiro 16 – Rita Barosa - Ex-directora do BES, ex-futura-administradora do BES, ex-secretária de Estado
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22 Janeiro 16 – Pedro Brito e Cunha - Presidente da Tranquilidade
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