Lucros do BES caem 30,6% mas superam estimativas (act)
Os lucros do Banco Espírito Santo caíram 30,6%, em termos homólogos, para 101,3 milhões de euros no primeiro trimestre de 2009, revelou o BES em comunicado à CMVM. Este resultado superou os 74,7 milhões esperados pelos analistas consultados pela Reuters.
Segundo a mesma fonte, os lucros representam uma redução de 30,6% face aos 145,9 milhões de euros obtidos no primeiro trimestre de 2008 e um aumento de 50% quando comparado com o trimestre anterior, sendo equivalente a um ROE anualizado de 9,3%.
PUB
“Considerando que a actividade desenvolvida neste trimestre continuou condicionada por um contexto económico e financeiro particularmente adverso, a performance alcançada assume um especial significado, colocando em evidência o acerto da opção estratégica pelo crescimento orgânico, a coerência da estratégia de internacionalização e a solidez do Grupo”, realça o BES.
O produto bancário cresceu 9% para os 525,7 milhões de euros, e o banco destaca a evolução “francamente positiva na geração recorrente” das receitas, com o produto bancário comercial progrediu 18,7% para os 485,6 milhões de euros “sustentado num crescimento expressivo do resultado financeiro (+22,1%), nomeadamente pelo resultado financeiro originado na actividade internacional (+61%)”.
A mesma fonte também revela que os custos operativos tiveram um aumento de 5,5% relativamente ao trimestre homólogo do ano anterior, “estando influenciados, sobretudo, pela progressão dos custos com pessoal (+10,6%) e, em menor grau, pelas amortizações”.
PUB
Relativamente ao crédito, o concedido às empresas aumentou 11,2% enquanto o crédito a particulares caiu 0,3%, acrescenta o banco.
Os rácios core Tier 1 e Tier 1 são de 5,8% e de 6,6%, respectivamente. Após o reforço dos capitais próprios do Grupo, os rácios Core Tier I e Tier I atingem 7,8% e 8,6%, respectivamente.
O reforço dos capitais próprios do grupo “permitirá, certamente, continuar a assegurar o apoio indispensável para que as empresas continuem a contar com o BES como seu parceiro financeiro preferencial”, sublinha o BES.
PUB
O banco relembra também que, no trimestre operou-se uma redução dos fundos próprios complementares por via de compra de dívida subordinada emitida pelo grupo e que, atendendo às abordagens regulamentares em vigor (Standard em Dezembro de 2008 e IRB em Março de 2009), os rácios de capital Tier I “mantêm – se em níveis semelhantes.
“Considerando o aumento de capital realizado em Abril, a posição de solvabilidade do grupo aparece substancialmente reforçada”, sublinha o banco.
Mais lidas
O Negócios recomenda