Maioria das empresas familiares não acredita nos descendentes
Cerca de 43% das empresas nacionais lideradas por famílias assume querer passar a gestão para a próxima geração, mantendo o rumo dentro do seio familiar, mas, relativamente à propriedade, apenas 27% admite vontade de transferir a propriedade para os descendentes, denotando-se "uma necessidade de abrir capital e trazer investidores para Portugal", afirma o vice-presidente da KPMG Portugal, Vitor Ribeirinho.
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Esta são duas das conclusões explanados no Barómetro Europeu de Empresas Familiares 2019, que deixa Portugal acima da média (35%) das empresas europeias quanto a este último indicador.
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De acordo com o "survey" da KPMG, "o momento de transferir o controlo do negócio para a próxima geração é um momento crítico para um líder e a sucessão vai continuar a ser um tema importante para as empresas familiares europeias nos próximos cinco a dez anos".
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Quanto à propriedade, apenas 27% das empresas nacionais admite vontade de transferir a propriedade para os descendentes, denotando-se "uma necessidade de abrir capital e trazer investidores para Portugal", afirma o vice-presidente da KPMG Portugal, Vitor Ribeirinho.
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Mostrando a vontade das primeiras gerações em continuar a assumir funções de supervisão no momento da sucessão, apenas 28% dos líderes nacionais entrevistados assumem transferir a responsabilidade de supervisão para os mais novos.
De acordo com o Barómetro Europeu de Empresas Familiares, apresentado esta quarta-feira, 27 de novembro, na Fundação Serralves, no Porto, numa iniciativa conjunta com o semanário Expresso, o maior desafio para os líderes portugueses está relacionado com a formação do sucessor, com 34% das respostas. Logo a seguir são referidas as dificuldades em identificar mesmo quem irá suceder na liderança e até a motivação para assumir o cargo.
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Alguns fatores críticos apontados pelos líderes das gerações dianteiras são as consequências emocionais de renunciar à propriedade, a gestão dos conflitos que a escolha possa originar na família, mas também a dificuldade em encontrar investidores que apoiem a decisão da família.
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Esta foi a primeira vez que as empresas familiares portuguesas entraram no "survey" da KPMG, num universo de 1.613 empresas entrevistadas, de 27 países europeus.
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