Nove em cada dez espanhóis desaprovam expropriação da YPF
Cerca de 90% dos cidadãos espanhóis consideram a nacionalização da petrolífera como muito grave e temem que outras multinacionais espanholas com investimentos na Argentina também possam ser afectadas, de acordo com um barómetro do “Real Instituto Elcano”, citado pelo “El Mundo”.
“Houve uma condenação agressiva e unânime dos cidadãos espanhóis à expropriação da YPF”, afirmou Javier Noya, investigador de imagem internacional de Espanha e Opinião Pública do Real Instituto Elcano, citado pelo “El Mundo”.
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Além disso, um em cada dois espanhóis acredita que as relações diplomáticas entre Espanha e a Argentina piorarão em consequência da expropriação. Apenas um em cada três consideram que as relações continuarão iguais.
Segundo o mesmo estudo, a consequência imediata será a perda de popularidade da Presidente da Argentina. Desde Abril que se tem verificado uma descida da popularidade da líder sul-americana, quando começaram os rumores da nacionalização.
Em Março, Cristina Fernández de Kirchner atingia uma popularidade de 5%, e após a expropriação da YPF a sua pontuação caiu para 3,4%. A descida converte Kirchener numa das líderes internacionais pior avaliadas pelos espanhóis. Actualmente, a Presidente situa-se entre o Presidente russo, com uma popularidade de 3,4%, e o líder cubano Raul Castro, com 2,7%.
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Os espanhóis consideram que a nacionalização do YPF é ainda pior devido aos tradicionais laços que unem o povo espanhol ao povo argentino, de acordo com o "El Mundo".
Esses laços são comprovados pelo apoio que Espanha deu à Argentina no caso das Ilhas Malvinas. Antes de Kirchner decidir expropriar as acções da empresa de António Brufau, metade dos espanhóis apoiava a Argentina no conflito que mantêm com o Reino Unido sobre as Ilhas Malvinas.
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