Os desafios do Negócios a 5 rostos da economia nacional

O ponto de partida era simples: para assinalar os 22 anos da edição diária em papel do Jornal de Negócios, convidar cinco rostos relevantes da economia, empresas e mercados em Portugal e sentá-los com a redação do Negócios. O objetivo era que cada um deles desafiasse a redação a fazer trabalhos de análise e profundidade sobre temas que considera serem relevantes para o desenvolvimento económico do país. Outra das regras colocadas: o tema sugerido por cada uma destas cinco figuras não poderia cruzar-se com as suas áreas de trabalho. Isto é, pô-lo a pensar fora da caixa em torno de setores ou temáticas que não coabitassem com as suas tarefas diárias.

Responderam à chamada Isabel Vaz, CEO da Luz Saúde, e que centrou a sua conversa com os jornalistas do Negócios nos desafios em torno do futuro da Segurança Social, um tema que considerou pouco debatido pelos partidos na última campanha eleitoral.

Carlos Mota dos Santos, CEO da Mota-Engil, centrou a intervenção na questão da escala das empresas: nas barreiras ao crescimento, no papel das políticas públicas na defesa do tecido empresarial - dando o exemplo espanhol - e na importância do financiamento como motor do fomento de fusões e aquisições. Houve ainda espaço para abordar a questão da cultura empresarial e a necessidade de melhorar a governança, nomeadamente alterando a resistência de algumas empresas familiares em crescer.

Gabriela Figueiredo Dias, ex-presidente da CMVM e atual líder da IESBA, debruçou-se sobre a diplomacia e o papel dos portugueses no mundo, bem como na importância de tirar retorno desse valor acrescentado.

Quanto a Miguel Stilwell, CEO do grupo EDP, a análise centrou-se na internacionalização das empresas e nas barreiras - em particular as internas - que travam essa expansão.

Já Sandra Maximiano, atual presidente da Anacom, regressou ao papel de economista. A antiga professora do ISEG desafiou os jornalistas do Negócios a olharem para o papel da economia comportamental na introdução de mudanças nas empresas e nas políticas públicas, aproveitando as potencialidades da IA.