Taiwan adiciona chinesas Huawei e SMIC a uma lista negra de exportações

As empresas taiwanesas que desejem vender produtos de alta tecnologia à Huawei, à SMIC ou a qualquer outra empresa listada terão de solicitar uma autorização ao Governo de Taiwan.
AP
Lusa 16 de Junho de 2025 às 07:29

Taiwan colocou o gigante chinês da tecnologia Huawei e a sua congénere no setor dos semicondutores, a Semiconductor Manufacturing International Corp (SMIC), numa lista negra de exportações, restringindo ainda mais o acesso de Pequim a tecnologias avançadas.

"Com base na prevenção da proliferação de armas e outras considerações de segurança nacional, um total de 601 entidades (...) foram adicionadas à lista (...) incluindo empresas chinesas" como a Huawei e a SMIC, indicou o Ministério dos Assuntos Económicos de Taiwan, num comunicado divulgado no domingo.

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As sedes das outras organizações constantes desta "lista de entidades estratégicas no setor das mercadorias de alta tecnologia" situam-se na Rússia, no Paquistão, no Irão e em Myanmar (antiga Birmânia), acrescentou a mesma fonte.

As empresas taiwanesas que desejem vender produtos de alta tecnologia à Huawei, à SMIC ou a qualquer outra empresa listada terão de solicitar uma autorização ao Governo de Taiwan, território responsável pela produção de mais de metade dos semicondutores mundiais, incluindo os semicondutores mais sofisticados.

A medida representa um novo golpe para as empresas tecnológicas chinesas. Os Estados Unidos reforçaram nos últimos anos os esforços para limitar as exportações de semicondutores de última geração para a China, temendo que sejam utilizados pelo Exército chinês e procurando preservar a liderança norte-americana na área da inteligência artificial (IA).

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Em maio, os EUA divulgaram também diretivas que alertam as empresas para a utilização de semicondutores de IA chineses, em particular os 'chips' Ascend da Huawei, ameaçando com "sanções penais e administrativas severas, incluindo prisão".

A China acusa regularmente os Estados Unidos de quererem conter deliberadamente o crescimento das empresas tecnológicas chinesas para manterem a supremacia no setor.

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