Temu volta a enviar encomendas diretamente da China para os EUA após acordo comercial

O grupo detido pela PDD Holdings aumentou ainda os gastos com publicidade nos EUA após cortar orçamentos do lado de lá do Atlântico. Serviço tinha sido suspenso em maio.
Site da Temu.
AP / Richard Drew
Bárbara Cardoso 26 de Agosto de 2025 às 14:00

A gigante de comércio eletrónico Temu voltou, em julho, a fazer envios diretos de encomendas da China para os EUA, fruto do acordo comercial que Pequim assinou com a Casa Branca.

O serviço foi suspenso em maio deste ano, depois de em abril o presidente Donald Trump ter feito planos para cancelar a isenção as chamadas "minimis" à China, que taxam em mais de 100% encomendas abaixo dos 800 dólares. A medida arrombou empresas como a Temu, que deve grande parte do seu crescimento "explosivo" à capacidade de enviar milhares de milhões de dólares em encomendas de baixo valor isentas de impostos.  

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Segundo o Financial Times, vários fornecedores, parceiros e investidores do negócio, detido pela PDD Holdings, garantiram agora que a empresa terá reestabelecido no mês passado os envios que gere totalmente, nos quais trata das formalidades logísticas e alfandegárias em nome dos fornecedores. 

A retoma dos envios surge depois do , que gerou um alívio à gigante de exportações. Washington concordou em impor uma tarifa de 54% para estas encomendas de baixo valor e, em agosto, os dois países estenderam as tréguas por mais 90 dias.

Mesmo com os impostos sobre os produtos chineses, o envio direto de remessas é mais económico do que manter fábricas e "stocks" em solo norte-americano. 

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De acordo com as fontes contactadas pelo jornal britânico, a Temu, com sede em Xangai, terá ainda aumentado o investimento em publicidade nos EUA, depois de ter cortado os orçamentos destinados ao marketing do lado de lá do Atlântico no início da guerra comercial.  

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