Trabalhador da Huawei detido na Polónia por suspeitas de espionagem
Um funcionário da Huawei, de nacionalidade chinesa, foi detido na Polónia por suspeitas de espionagem. Um outro cidadão polaco também foi preso pelos mesmos motivos, avança a Reuters esta sexta-feira, 11 de janeiro.
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Os dois indivíduos vão ficar detidos durante três meses. Contudo, e segundo o porta-voz dos serviços de segurança da Polónia, o caso não está relacionado diretamente com a Huawei Technologies.
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"Esta questão está relacionada com ações individuais. Não está relacionada com a empresa para a qual trabalha", afirmou Stanislaw Zaryn, referindo-se ao funcionário da fabricante.
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Da parte da Huawei, a empresa diz apenas que está a acompanhar a situação, mas não quis comentar. "A Huawei cumpre as leis nos países onde opera e pedimos a cada funcionário que cumpra as regras nos países onde trabalham", disse a fabricante.
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Quanto ao outro cidadão, de nacionalidade polaca, a televisão local avança que este chegou a integrar os serviços de segurança da Polónia. Atualmente, trabalhava na telecom Orange Polska, cujos escritórios foram alvo de buscas.
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Estas acusações são feitas numa altura em que a empresa chinesa enfrenta um forte escrutínio no Ocidente devido à sua relação com o governo chinês e alegações de que o equipamento que produz é usado por Pequim para espionagem. Acusações que a Huawei tem vindo a negar.
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Além do Reino Unido, também a Austrália e a Nova Zelândia decidiram afastar a Huawei das infraestruturas de telecomunicações dos respetivos países. A Austrália decidiu barrar a cooperação, alegando "motivos de segurança nacional". Seguiu-se a Nova Zelândia, citando as mesmas razões. Nos EUA, foram as gigantes de telecomunicações AT&T e Verizon Communications a quebrar os acordos que tinham para distribuir smartphones da Huawei no ano passado.
Da parte do governo norte-americano foi assinado um despacho que proíbe o uso da tecnologia da Huawei e da ZTE pelo governo. Esta decisão veio acompanhada de uma recomendação do FBI, CIA e NSA aos cidadãos norte-americanos para que também eles rejeitassem a utilização de equipamentos da Huawei.
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