Governo quer recuperar o "diálogo social produtivo" na Autoeuropa
O Governo garante que vai continuar a acompanhar os processos negociais na Autoeuropa, tal como tem feito ao longo dos vários meses do conflito laboral em Palmela.
PUB
"Tenho acompanhado como me compete" a situação da Autoeuropa. "Tenho tido contactos quer com os sindicatos quer com a administração ao longo dos meses. É um processo longo, já existiram dois acordos que foram recusados em referendo pelos trabalhadores", disse o ministro do Trabalho, José Vieira da Silva, esta quarta-feira, 13 de Dezembro.
PUB
O ministro acredita que o "diálogo vai continuar", mas defende que é preciso "recuperar uma das vantagens da Autoeuropa: o diálogo social produtivo."
Questionado sobre se teme uma nova greve, Vieira da Silva preferiu destacar a importância do actual momento, a chegada de um novo modelo de produção em grande escala, na história da fábrica.
PUB
"Não posso utilizar a palavra temer relativamente a um direito. Espero que todas as partes envolvidas tenham consciência do que está em causa. A Autoeuropa está numa fase de desenvolvimento extremamente importante" e que tem influência em "milhares de postos de trabalho", que existem e que ainda podem ser criados de forma directa e indirecta, afirmou.
PUB
"Pretendo ajudar com uma palavra", disse o ministro, apontando que os serviços do Ministério do Trabalho também ajudam a mediar estes conflitos.
PUB
"Espero contribuir para: primeiro retomar uma estrutura de diálogo social" na Autoeuropa e, em segundo, que esta situação "seja uma ferramenta para o futuro do país", concluiu.
A Autoeuropa comunicou aos 5.500 trabalhadores na terça-feira que vai avançar com o trabalho ao sábado a partir do final de Janeiro, com este dia a ser pago a dobrar.
PUB
A administração da fábrica portuguesa da Volkswagen tomou a decisão unilateral de avançar para o trabalho ao fim-de-semana sem um acordo laboral, justificando a sua decisão com a necessidade de atingir a meta de 240 mil automóveis produzidos em 2018.
Em reacção, a comissão de trabalhadores da Autoeuropa veio a público dizer que rejeita a decisão da administração de impor o trabalho ao sábado a partir do final de Janeiro e convocou plenários de trabalhadores para 20 de Dezembro.
PUB
Depois de dois pré-acordos laborais chumbados, a administração da fábrica também avisou os trabalhadores que a sede da Volkswagen na Alemanha só aceita dar luz verde a melhores condições caso seja fechado um acordo laboral em Palmela.
Adam Smith aos 250 anos
Quem pediu o euro digital?
Mais lidas
O Negócios recomenda