Reino Unido leva mercado automóvel europeu a deslizar pela primeira vez em seis anos
As vendas anuais de carros na Europa recuaram pela primeira vez desde 2013. Esta descida deve-se sobretudo a uma quebra expressiva no Reino Unido, com os receios sobre o Brexit a afastarem os consumidores deste mercado.
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De acordo com dados da Associação Europeia de Construtores Automóveis (ACEA, na sigla em inglês), citados pela Bloomberg, os registos de carros ligeiros recuaram 0,04% para 15,6 milhões de veículos no conjunto da União Europeia e da Associação Europeia de Livre Comércio, no ano passado.
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Enquanto Espanha (+7%) e França (+3%) conseguiram registar um crescimento do mercado automóvel, a procura na Alemanha (-0,2%), mas sobretudo em Itália (-3,1%) e no Reino Unido (-6,8%) recuou em 2018. Em Portugal, os registos de veículos ligeiros aumentaram 2,8%.
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Este desempenho negativo do mercado automóvel europeu segue-se a quatro meses consecutivos de quedas depois da introdução dos novos testes de emissões.
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Isto num cenário dominado pelos receios em torno da saída do Reino Unido da União Europeia - um acordo que acabou por ser rejeitado pelo parlamento britânico. Mas também pela incerteza em relação à negociação entre os EUA e a China relativamente às tarifas comerciais.
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As próprias fabricantes têm ajustado a sua estratégia neste ambiente de incerteza, levando empresas como a Daimler e a BMW a cortarem as metas para os lucros. E a não preverem uma melhoria significativa este ano.
Também a Continental afirmou esta semana que as encomendas por parte das fabricantes afundaram nos últimos meses devido às vendas fracas na China. Isto levou a empresa a reduzir as previsões para as vendas este ano.
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