Tesla assina acordo de 4,3 mil milhões com a LG para reduzir dependência da China
A Tesla está empenhada em reduzir a dependência em relação às importações chinesas, num contexto de maior adversidade com as tarifas da administração Trump no radar. Depois de, na segunda-feira, o CEO da fabricante de veículos elétricos ter anunciado um acordo com a Samsung no valor de 16,5 mil milhões de dólares para a produção de chips, a empresa terá assinado um novo contrato – avaliado em 4,3 mil milhões de dólares – com a sul-coreana LG para receber baterias para sistemas de armazenamento de energia, segundo conta a Reuters.
De acordo com uma fonte próxima do acordo, as baterias serão fornecidas à Tesla através da fábrica da LG no Michigan. A empresa sul-coreana já tinha anunciado o acordo, mas optou por não revelar quem seria o cliente. Os detalhes revelados até agora mostram que o contrato terá a duração de três anos - com a opção de ser prolongado por mais sete.
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Em abril, o CFO da Tesla, Vaibhav Taneja, já tinha afirmado que a fabricante de automóveis iria tentar encontrar novos fornecedores, uma vez que importa grande parte deste tipo de baterias da China - e as tarifas de Trump prometem ter um impacto "desproporcional" no ramo de armazenamento e produção de energia da empresa. "Estamos a trabalhar para garantir uma cadeia de abastecimento adicional de fornecedores não sediados na China, mas é algo que leva tempo", contou.
Apesar desta área de negócio representar apenas 10% das vendas da Tesla, a empresa tem vindo a apostar neste ramo, confrontada com um arrefecimento da procura por veículos elétricos e cortes nos subsídios governamentais às fabricantes deste tipo de automóveis.
A LG é uma das poucas fabricantes deste tipo de baterias - conhecidas como baterias Beltway - nos EUA. A empresa começou a produzi-las em território norte-americano em maio e já revelou estar a considerar substituir algumas das suas linhas de produção de baterias para veículos elétricos por este tipo de sistemas de armazenamento de energia.
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Estes movimentos acontecem numa altura em que Pequim e Washington parecem estar a aproximar-se e um acordo comercial é mais tangível, depois de as delegações dos dois países se terem reunido em Estocolmo e acordado em prolongar a trégua tarifária para lá de 12 de agosto - a data inicialmente estabelecida para alcançar um entendimento.
Já em relação à Coreia do Sul, as negociações com os EUA continuam a todo o vapor. Na terça-feira, três membros do governo sul-coreano estiveram reunidos com o representante do comércio norte-americano, Howard Lutnick, em Washington, com a data estabelecida por Donald Trump para alcançar acordos comerciais com os seus parceiros a aproximar-se do fim.
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