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Baviera processa Volkswagen

O caso de manipulação de emissões de poluentes vai levar o estado da Baviera a processar a Volkswagen. O fundo de pensões, accionista do grupo automóvel, quer ser compensado pela desvalorização das acções provocada pelo escândalo.

reuters, bloomberg
02 de Agosto de 2016 às 13:51

O estado alemão da Baviera – onde está sedeada a Volkswagen – vai processar o grupo automóvel por danos causados pelo escândalo de manipulação de emissões poluentes.

A notícia é avançada pela agência Reuters esta terça-feira, 2 de Agosto, citando o ministro das Finanças daquele estado germânico.

O fundo de pensões do estado da Baviera – que é accionista do grupo Volkswagen – perdeu mais de 783 mil dólares (700 mil euros) com a desvalorização das acções do fabricante automóvel, depois de este ter admitido em Setembro de 2015 ter manipulado as emissões de óxido de azoto em meio milhão de carros a gasóleo nos Estados Unidos da América. A nível mundial, são 11 milhões de veículos afectados.

A Baviera será o primeiro de 16 estados federais a tomar uma acção legal contra a Volkswagen, arrancando com o processo no início de Setembro, escreve a agência noticiosa. À Reuters, a companhia não comentou este desenvolvimento. A notícia chega depois de a Coreia do Sul ter proibido a venda de 80 modelos da Volkswagen no país.

No outro lado do Atlântico, nos Estados Unidos da América, são já quatro os Estados que decidiram processar a fabricante automóvel: Washington, Nova Iorque, Massachusetts e Maryland. Isto depois de a Volkswagen ter chegado a acordo com as autoridades do país em pagar 15 mil milhões de dólares para fechar o caso.

Nesse acordo, a Volkswagen comprometeu-se a comprar de volta os 500 mil carros afectados nos Estados Unidos, criar um fundo de 2,7 mil milhões de dólares para protecção ambiental e investir outros dois mil milhões em infra-estruturas para veículos "amigos do ambiente".

Apesar de em território europeu os reguladores terem aceitado a correcção dos veículos proposta pela empresa, Bruxelas está agora a pressionar para que os clientes europeus também possam ser indemnizados.

Na sua última apresentação de resultados, o grupo fez saber que reservou 2,2 mil milhões de euros para fazer face a "novos riscos legais" decorrentes deste caso.

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