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"Mão indiana" salva austríaca KTM de abrir falência

A Bajaj, a quarta maior fabricante do mundo, injetou 600 milhões de euros e fez com que a fabricante garantisse o financiamento necessário para fazer frente ao plano de reestruturação aprovado pelos mais de 1.200 credores.

DR
21 de Maio de 2025 às 12:10

"Hoje estou grato e feliz. A KTM está de volta à carga". A empresa conseguiu evitar a falência depois de ter garantido o financiamento necessário para fazer frente ao plano de reestruturação aprovado pelos credores, e tudo graças à quarta maior fabricante do mundo: a indiana Bajaj.

As dívidas da KTM rondam os dois mil milhões de euros reivindicados por mais de 1.200 credores, que aceitaram esta quarta-feira, 21 de maio, o plano de reestruturação apresentado pela assembleia geral da austríaca: vão receber 30% dos seus créditos em dinheiro até ao final desta semana. Essa parcela equivale a 600 milhões de euros, injetados pela indiana Bajaj. Assim, o contrato legalmente acordado cumpre-se e a KTM evita o pior cenário. 

"Os nossos funcionários fizeram tudo o que estava ao seu alcance nos últimos três meses para garantir que a corrida continue. Hoje encerramos um capítulo importante. Mas um capítulo nunca conta toda a história. Agora podemos continuar a grande história da KTM", disse Gottfried Neumeister, CEO da Pierer Mobility AG, dona da KTM, em comunicado, citado pelo El Economista.

A gigante indiana Bajaj, que detém 49,9% da Pierer Bajaj AG (empresa controladora do grupo Pierer Mobility), garantiu um empréstimo de 566 milhões de euros graças ao apoio do DBS Bank, do JPMorgan e do Citigroup. 

E este não é o primeiro empréstimo que os indianos concedem à fabricante de motos. Em março deste ano lançaram a primeira boia de salvação, ao injetarem 200 milhões para que a empresa reativasse a produção e "limpasse" os veículos acumulados em "stock" há dois anos.

Aliás, desde o final de 2023 que a KTM tem visto as contas apertarem, levando a empresa a adotar duras medidas de reestruturação: demitiu mais de 1.850 funcionários, cortou o orçamento em investigação e desenvolvimento, vendeu participações estratégicas - como a que tinha na MV Agusta -, isto depois de ter registado uma queda nas vendas de 600 mil unidades. Em 2024, os prejuízos da KTM ascenderam a 1.188 mil milhões de euros. 

A queda da empresa pôs até em causa o futuro da sua equipa de MotoGP, embora em janeiro o diretor desportivo, Pit Beirer, ter afastado um "adeus".

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