Abaixo-assinado a exigir bónus junta 2.700 trabalhadores do Novo Banco
Pediram bónus, mas a administração do Novo Banco recusou-se a pagar qualquer prémio pela venda da instituição. Sentindo-se injustiçados, os trabalhadores do banco liderado por Mark Bourke avançaram com um abaixo-assinado que juntou cerca de 70% dos colaboradores para exigirem “um reconhecimento financeiro justo” pelo sucesso do banco que resultou da resolução do BES.
“Mais de 2.700 trabalhadores subscreveram o abaixo-assinado, representando cerca de 70% do total de trabalhadores”, para “expressar, de forma clara e inequívoca, a sua profunda desilusão e indignação face à ausência de um reconhecimento financeiro justo pela sua contribuição decisiva para a valorização do Banco ao longo da última década”.
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Estas assinaturas, diz a Comissão Nacional de Trabalhadores (CNT), foram já entregues “formalmente à administração do Novo Banco, com a firme convicção de que esta demonstração de unidade e força deve levar a uma reavaliação da decisão tomada” relativamente ao pedido feito pelos trabalhadores, mas recusado pela gestão.
"Fomos informados pelo CEO e pelo Presidente do Conselho Geral de Supervisão que os Trabalhadores não serão contemplados com qualquer prémio extraordinário pela venda do Novo Banco", disse o CNT a 3 de outubro, dia em que anunciou que iria então avançar com a recolha de assinaturas junto dos colaboradores.
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“Reivindicamos a atribuição de dois salários a todos os trabalhadores, como forma mínima de reconhecimento pelo seu esforço, dedicação e papel fundamental na recuperação e valorização do banco”, diz o CNT em comunicado.
Os trabalhadores estão contra o diferente tratamento no que toca a prémios pelo sucesso da venda da instituição ao BPCE por uma soma global de 6,4 mil milhões de euros. Para a Lone Star, o encaixe será de 4,8 mil milhões, sendo que serão entregues prémios de 1,1 mil milhões de euros aos administradores da Lone Star, mas também do banco.
O CNT espera que com esta manifestação de desagrado a administração ceda e atribua aos trabalhadores um prémio. Vai aguardar “uma resposta positiva por parte da administração”, agora que foram entregues as assinaturas.
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“Caso tal não aconteça, e tendo em conta o sentimento generalizado de revolta e injustiça, a CNT, em articulação com os trabalhadores e os sindicatos, ponderará avançar com novas ações de protesto”, ameaça.
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