Finanças: Administração da CGD fica "em funções até ser substituída"

Os presidentes executivo, José de Matos, e não executivo, Álvaro Nascimento, bateram com a porta a 21 de Junho e saem a 30 de Julho, mas a tutela de Mário Centeno garante que o banco terá sempre gestão.
José de Matos Presidente Executivo da CGD
Bruno Simão
Alexandra Noronha 05 de Julho de 2016 às 09:01

O Ministério das Finanças garante que, apesar da demissão apresentada pela administração da Caixa Geral de Depósitos, o banco público não ficará sem direcção até à tomada de posse dos novos administradores.

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"Confirma-se o pedido de demissão. Mas [os administradores] ficam em funções até serem substituídos. Não vai haver nenhuma ausência de administração na CGD", salientou esta terça-feira, 5 de Julho, fonte oficial da tutela ao Negócios. 

Segundo a edição do Público, a administração da Caixa Geral de Depósitos demitiu-se numa carta enviada a 21 de Junho ao ministro das Finanças, Mário Centeno. Na missiva, de acordo com aquele jornal, a administração liderada por José de Matos dava conta de que não estava disponível para continuar em funções e que saíria a 30 de Julho.  

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O Negócios tinha noticiado ontem o envio, pela administração, de um comunicado de despedida aos trabalhadores. José de Matos e Álvaro Nascimento agradecem no documento o "profissionalismo e o espírito de serviço". "Está a chegar ao fim a jornada em que convosco servimos a Caixa Geral de Depósitos", sublinharam.

A nova administração, liderada por António Domingues, que era até agora vice-presidente do BPI, está à espera de avaliação do Banco de Portugal e do Banco Central Europeu para entrar em funções. O processo de análise da sua idoneidade já se iniciou.

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O Público adiantou que a carta enviada a Mário Centeno tinha uma linguagem dura e que remetia para o Governo a responsabilidade pela indefinição que existe há meses no maior banco nacional. Álvaro Nascimento e José Domingues foram indigitados em Agosto de 2013 para a instituição. 

Com a nova administração, o banco público será alvo de uma capitalização ainda sem montantes definidos, mas que pode levar à saída de 2.500 trabalhadores. Começa esta terça-feira, 5 de Julho, a comissão de inquérito à Caixa.

(Notícia actualizada às 9.30 com a declaração das Finanças)

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