Bancos obrigados a devolver 22 milhões em comissões e juros ilegais
O Banco de Portugal (BdP) obrigou a devolução de 22 milhões de euros a clientes bancários em 2024. As sanções prendem-se com cobranças ilegais detetadas pelo supervisor na sequência de queixas dos particulares.
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"Em resultado das medidas de supervisão adotadas, as instituições devolveram cerca de 22 milhões de euros aos clientes bancários, relativos a comissões e juros indevidamente cobrados", escreve o BdP no relatório de supervisão comportamental publicado nesta quarta-feira.
O total é composto por duas parcelas: 18,5 milhões de juros e 3,5 milhões de comissões.
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No capítulo dos juros, a maior fatia (15,5 milhões) tem a ver com quantias exigidas em caso de mora que atingiram níveis superiores aos permitidos por lei. Trata-se, na quase totalidade, de um único caso de um banco que o supervisor não identifica. O enquadramento legal determina que as instituições, além de uma comissão pela recuperação de valores em dívida por prestação vencida e não paga, apenas podem cobrar juros moratórios, mediante a aplicação de uma sobretaxa anual máxima de 3% a acrescer à taxa aplicável à operação.
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A cobrança de juros sobre capital que não estava em dívida ou incorretamente calculados deu origem a uma devolução de 1,7 milhões de euros.
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Existiram também situações de usura (ultrapassagem dos limites legais da taxa anual de encargos efetiva global). Valor devolvido: 870 mil euros.
No lado das comissões, a maior parte das irregularidades prendem-se com a cobrança nas renegociações de crédito.
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