BCP mandata bancos para emitir dívida subordinada

O BCP mandatou quatro bancos para prepararem uma emissão de dívida subordinada. A decisão de avançar ou não com a operação deverá ser tomada "em breve".
Miguel Baltazar
Sara Antunes 19 de Setembro de 2019 às 12:39

O BCP mandatou bancos com o objetivo de realizar uma emissão de dívida subordinada, com um prazo de 10 anos e seis meses. O montante potencial não foi revelado.

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"O Banco Comercial Português, S.A. informa que mandatou o Credit Suisse, a Goldman Sachs International, o JP Morgan e o Millennium BCP para atuar enquanto Joint Lead Managers no contexto de uma potencial emissão de títulos de dívida subordinados", revela a instituição liderada por Miguel Maya através de um comunicado emitido para a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

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A emissão será realizada com uma "taxa fixa, com prazo de 10 anos e 6 meses e possibilidade de reembolso antecipado, por parte do banco, uma vez decorridos 5 anos e 6 meses", esclarece o BCP. A taxa de juro swap a 10 anos está a negociar nos -0,0944% esta quinta-feira.

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As emissões de dívida subordinada não são comparáveis com outras emissões de dívida sénior, uma vez que estes títulos têm um risco maior. E, consequentemente, costumam exigir um prémio maior.

 

"Pretende-se que a emissão venha a preencher os requisitos regulamentares necessários para poder ser classificada como instrumento de fundos próprios de nível 2."

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A última vez que o BCP realizou uma emissão de dívida subordinada a 10 anos, e que também serviu para reforçar o rácio de capital suplementar Tier 2, foi em novembro de 2017, altura em que pagou uma taxa de cupão de 4,5% para colocar 300 milhões de euros. Desde então, as condições de mercado mudaram, com as taxas de juro praticadas a descerem consideravelmente. 

 

"Dependendo das condições de mercado, o banco poderá decidir realizar a operação em breve", conclui o BCP no comunicado emitido esta quinta-feira.

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O BCP realizou também, em janeiro deste ano, uma emissão de dívida subordinada, mas perpétua. Nessa altura, o BCP pagou um juro de 9,25% para emitir 400 milhões, tendo a procura duplicado a oferta. 

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