BPI diz que não "empurra" clientes de depósitos para fundos
O BPI recusa que esteja a empurrar os clientes com depósitos para os fundos de investimento. Para o líder executivo, Pablo Forero, essa transferência é uma decisão dos próprios clientes, para fugirem à ausência de remuneração nos depósitos.
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"Nós não empurramos as pessoas. São as taxas de juro negativas que fazem com que as pessoas estejam dispostas a aceitar mais risco para conseguir retornos e rentabilidades um pouco mais altas", respondeu Pablo Forero na conferência de imprensa desta terça-feira, 26 de Julho, em que foram apresentados os prejuízos de 102 milhões de euros no primeiro semestre deste ano.
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Segundo Forero, estes produtos são transparentes. "Os fundos de investimentos, que são totalmente líquidos, transparentes e muito bem regulados, são a alternativa que os clientes mais gostam", continuou. Os depósitos têm vindo a captar menos aplicações do que os fundos de investimento.
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"Está a acontecer não só em Portugal, mas também em todos os países da Europa. Também vão para a bolsa, para as obrigações, para outros activos com mais risco", continuou o presidente executivo.
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Pablo Forero sintetiza: "é precisamente o que procura a política monetária com taxas de juro negativas: mudam-se de poupanças de baixo risco para outras de maior risco".
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Aliás, no que respeita por área de negócios, as comissões bancárias, as mais importantes, aumentaram 3,2% mas as comissões associadas à gestão de activos (onde estão os fundos de investimento) dispararam 21%, ambos na comparação homóloga.
O BPI apresentou um prejuízo de 102 milhões de euros até Junho, face ao lucro de 106 milhões do primeiro semestre do ano passado.
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