BPI podia ter vendido uma das suas licenças bancárias mas optou por anulá-la
O Banco BPI vai incorporar a sua unidade Banco Português de Investimento e, com esse movimento, vai anular a possibilidade de fazer negócio com a sua alienação. "Não queríamos vender a licença bancária, queríamos amortizar", considerou o presidente executivo do banco, Pablo Forero, sem adiantar mais pormenores.
PUB
A unidade de investimento, praticamente sem actividade mas com uma licença, vai ser absorvida na casa-mãe do grupo bancário. "A lógica é de simplificação", considerou. "Temos duas licenças, dois conselhos, dois auditores, duas contas anuais, duas assembleias-gerais, reporte, supervisão", adiantou.
PUB
No BPI, há depósitos e empréstimos de clientes e a decisão foi aí incluir o que ainda resta do Banco Português de Investimento. "A decisão já está tomada há muito tempo", revelou. O banco enquanto tal é absorvido e extinto, mas alguma da actividade – "research" e corporate finance - que está incluída neste banco vai, contudo, passar para uma sucursal a constituir pelo CaixaBank em Portugal. "Com o capital de risco é a mesma coisa", respondeu, referindo-se à incorporação da BPI Private Equity.
PUB
Em relação a este processo, Forero não especificou as poupanças que vão ser conseguidas com estas duas incorporações no BPI, mas disse estar distante da casa das centenas de milhões.
Forero disse ainda que das várias unidades que estão a ser transferidas para o CaixaBank – de modo a que o banco em Portugal fique apenas centrado na área de banca propriamente dita – falta apenas a conclusão da actividade de cartões de crédito, que deverá estar terminada até ao final do ano.
PUB
Entretanto, a parceria que o BPI tem na área informática está a ser passada para a parceria que o CaixaBank também tem no sector. O presidente executivo garante que os cerca de 100 trabalhadores vão manter "as mesmas condições laborais".
PUB
Apesar de todas as mudanças, Forero reiterou uma frase que tem dito por várias vezes: "O BPI não é uma sucursal e não vai ser".
Mais lidas
O Negócios recomenda