BPI regista prejuízo de 102 milhões no primeiro semestre

O impacto da venda de 2% do BFA e o programa de saída voluntárias causou um prejuízo de 102 milhões de euros no primeiro semestre.
BPI regista prejuízo de 102 milhões no primeiro semestre
Diogo Cavaleiro 25 de Julho de 2017 às 16:54

O BPI ficou com um prejuízo de 102 milhões de euros no primeiro semestre de 2017. A justificar o resultado negativo, que compara com o lucro de 106 milhões no mesmo período de 2016, estiveram a venda de 2% do Banco de Fomento Angola (BFA) e o programa de saídas voluntárias.

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Segundo comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o BPI reforça que excluindo estes efeitos não recorrentes, o resultado líquido tinha sido positivo, na ordem dos 188 milhões de euros. O banco sublinha que, nesta comparação com os 106 milhões do primeiro semestre do ano passado, haveria um crescimento de 77% em resultados.

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Contudo, a venda de 2% a e desconsolidação do BFA – que já tinha penalizado o primeiro trimestre – pesou no desempenho, com o seu impacto a ser de 212 milhões de euros. Também o encargo de 106 milhões de euros com os programas de reformas antecipadas e rescisões por mútuo acordo contribuiu para o prejuízo semestral.

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Dívida subordinada penaliza margem

 

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Olhando para a conta de resultados, o banco liderado pelo espanhol Pablo Forero (na foto - a aprovação do Banco Central Europeu chegou antes da conferência de imprensa de apresentação de resultados semestrais) registou uma margem financeira de 200 milhões de euros, o que representa uma quebra homóloga face aos 203 milhões do ano passado.

 

A emissão de dívida subordinada que a instituição financeira fez este ano teve um custo de 4 milhões e acabou por penalizar a margem – a diferença entre os juros recebidos em créditos e os juros pagos em depósitos. As comissões líquidas aumentaram de 132 para 138 milhões de euros.

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O produto bancário caiu, no espaço de um ano, de 366 para 289 milhões de euros (Janeiro a Junho). Foi neste indicador que se sentiu, em grande medida, o impacto da desconsolidação da operação angolana. 

 

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Olhando para a estrutura, os custos aumentaram de 257 milhões para 339 milhões de euros, sendo que a instituição financeira atribuiu a evolução aos efeitos não recorrentes de 106 milhões (a questão do programa de rescisões). "A disciplina de custos está a dar os resultados correctos", comentou Forero na conferência de imprensa desta terça-feira.

 

No que às imparidades diz respeito, a rubrica de novas imparidades e provisões para créditos caiu de 36 milhões, no primeiro semestre de 2016, para 17 milhões, no mesmo período do ano seguinte. 

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Rácio desce

 

Em relação à solidez, o rácio Common Equity Tier 1, que mede o peso do melhor capital do banco segundo as regras que vierem a ser exigidas, deslizou de 11,1%, em Dezembro do ano passado, para 10,9%, em Junho deste ano, csofrendo o impacto da venda de 2% do BFA.

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O crédito total do BPI avançou, em termos homólogos, 0,3% para 23.494 milhões de euros, sobretudo com o ganho nas empresas. Já os depósitos subiram 1,6% para 20.069 milhões de euros.  

 

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O crédito com incumprimento representava, no final do semestre, 3,1% do crédito bruto total, face a 4% de um ano antes.   

 

(Notícia actualizada às 17:28)

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