Novo edifício do Banco de Portugal ? “O valor final a Deus pertence”
O valor final do novo edifício do Banco de Portugal (BdP) em Entrecampos – incluindo os acabamentos – terá de ser calculado depois de “milhares de decisões” que o supervisor terá de tomar.
“O valor final a Deus pertence”, afirmou Mário Centeno no parlamento. Respondendo aos deputados da comissão parlamentar de Orçamento e Finanças, o ainda Governador explicou longa e detalhadamente o processo de procura por novas instalações – escritórios, já que a sede continuará na Baixa lisboeta – que já leva décadas de existência.
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E afirmou que é impossível calcular o custo final hoje. “Alcatifas e móveis são decisões que serão tomadas”, exemplificou.
Garantindo que dois terços do custo do contrato – cerca de 120 dos 192 milhões de euros acordados com a Fidelidade – serão garantidos por vendas dos imóveis atuais e poupanças em rendas e serviços logísticos -, o antigo ministro das Finanças sublinhou que o contrato assinado com a Fidelidade foi feito com o maior rigor financeiro, protegendo o supervisor de custos adicionais – a não ser que seja por novas exigências do próprio BdP.
Na mesma audição o ainda responsável pelo supervisor admitiu que "o Banco de Portugal falhou momentaneamente quando permitiu que informação sensível fosse divulgada publicamente". Foi assim que Mário Centeno começou por referir-se à polémica em torno da nova sede do supervisor financeiro.
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Centeno garantiu que essa é uma situação que o BdP não pode tolerar, em nome dos "elevados padrões éticos do banco que são parte da sua identidade secular".
"O novo edifício é uma realidade em construção e à vista de todos", reiterou.
Quando anunciou a assinatura do contrato com a Fidelidade, o Banco de Portugal (BdP) avançou que se tratava de “um investimento de 191,99 milhões de euros, correspondente ao limite inferior das avaliações independentes realizadas”. No entanto, este é o valor do edifício sem acabamentos nem mobiliário. Em julho, o Observador noticiou que somando essas necessidades, o custo total iria situar-se entre 235 e 280 milhões de euros, valores que o Banco de Portugal nunca confirmou.
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