Centeno: "É seguramente mentira que dívida da CGD possa ser transformada em acções"
Mário Centeno voltou a garantir que nenhum investidor privado é ou poderá ser accionista da Caixa Geral de Depósitos. "É seguramente mentira que aquela dívida possa ser transformada em acções", ressalvou o ministro das Finanças esta quarta-feira, 20 de Abril.
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Na comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, Centeno assegurou que "não há nenhum ‘hedge fund’ que seja accionista da CGD". Em causa está a emissão de dívida perpétua em 500 milhões de euros, com juros de 10,75%, que contam para o capital adicional em matéria de regulação (Additional Tier 1 – AT1).
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Centeno estava a responder ao deputado centrista João Almeida, que não gostou que o ministro dissesse que estava a fazer um desmentido. "Se não disse, fica agora dito. O AT1 que foi emitido não é instrumento de capital dessa natureza. É um instrumento de dívida, não dá direito a que os seus detentores sejam accionistas da CGD", disse o ministro.
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Por ter sido acusado de ter dito o que não disse, o parlamentar do CDS quis apresentar um protesto. "O ministro vai apresentar a gravação do momento em que eu disse isso ou então vai pedir desculpa", declarou João Almeida, logo seguido das desculpas pedidas do ministro.
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Nas explicações que deu sobre esta emissão, Mário Centeno frisou que cinco anos após a emissão, a Caixa vai poder recomprar estas obrigações perpétuas e amortizá-las.
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Aliás, o ministro acredita que, seguindo o plano de reestruturação até 2020, a Caixa estará depois em condições de "considerar a emissão de produtos alternativos e que possa ser feita em condições de mercado mais favoráveis".
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