Chairman do Novo Banco: “O que parecia ser um banco bom, não era”
"Fiquei chocado (em 2017) com o legado tóxico que herdámos, mas o maior choque foi a evidência de que o BES até 2014 usou todos os mecanismos possíveis para diferir os riscos e problemas para o futuro", afirmou Byron Haynes, presidente do Conselho Geral e de Supervisão do Novo Banco, em entrevista ao Expresso.
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Haynes descartou as críticas à venda acelerada de ativos com perdas avultadas de que o CEO do Novo Banco tem sido alvo, alegando que "as perdas de capital e as chamadas de capital estão em linha com os planos aprovados pelas autoridades europeias e os ativos foram vendidos a preço de mercado, não ao desbarato", afiançou.
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E confirmou que "vai haver outra chamada ao Fundo de Resolução em 2020", sem admitir que vai ser esgotada a verba que ainda existe, de 900 milhões de euros. "Posso dizer que o patamar limite são 3,89 mil milhões de euros", pelo que "os cenários expectáveis podem ir dos três mil milhões a 3,89 mil milhões de euros. É assim", rematou.
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De resto, afiançou que "2020 é o final de uma história que não tinha fim à vista, o legado do BES". E em 2021, o Novo Banco vai conseguir lucros? "Penso que sim", respondeu.
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O presidente do Conselho Geral e de Supervisão disse, ainda em entrevista ao Expresso, que António Ramalho vai ser reconduzido na liderança executiva do Novo Banco - "o seu mandato será renovado através do processo normal, que decorre até ao final de 2020", acrescentando que o gestor "tem 100%" do seu apoio, "do Conselho Geral e de Supervisão (compostos por administradores independentes) e do acionista Lone Star".
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O Novo Banco é detido em 75% pela Lone Star e em 25% pelo Fundo de Resolução.
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